O conselho diretivo da ADSE admite incluir “pequenas correções” às novas tabelas de preços do regime convencionado, se as razões e as sugestões apresentadas pelos prestadores privados “se afigurem atendíveis”.
As novas tabelas seguiram para os prestadores a 22 de abril. Em cima da mesa está uma alteração dos preços a pagar pela ADSE aos hospitais e clínicas privados com os quais tem convenção.
As novas tabelas têm atos médicos novos, fixam preços máximos para os medicamentos oncológicos e para as próteses intra-operatórias, fixam os preços de mais de 300 cirurgias e melhoram os preços na área da estomatologia.
Em declarações ao jornal Público, fonte oficial da ADSE garantiu que as reações dos prestadores às novas tabelas “têm sido muito positivas”, mas admite que pode ser necessário fazer alguns ajustamentos.
“A abertura e o diálogo com os prestadores é permanente, desde o início deste processo. Nesta fase, a ADSE pode considerar incluir eventuais e pequenas correções que se afigurem atendíveis”, adiantou.
O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) disse que tem havido diálogo com a direção da ADSE, “que tem manifestado abertura” para eventuais correções. “Tendo em conta algumas questões detetadas, a expectativa é que a ADSE possa ir ao encontro das preocupações dos operadores”, afirmou Óscar Gaspar.
O responsável disse que ainda não foi possível formar uma opinião “completa”, mas o impacto parece ser “bastante significativo”. “A aplicar-se a tabela nestes termos, vai haver uma redução significativa da despesa da ADSE. Sobretudo nos atos cirúrgicos mais complicados, há uma intenção de poupança”.
Segundo a presidente da ADSE, Maria Manuela Faria, um mês deverá ser suficiente para que as novas tabelas pudessem começar a aplicar-se, apontando para o final do primeiro semestre. “Os prestadores manifestaram à ADSE a necessidade de prorrogação do prazo de entrada em vigor da tabela para o dia 1 de julho, a fim de conseguirem adaptar os seus sistemas informáticos”.