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Quatro adolescentes condenados pela morte de português em Londres

Wilham Mendes, de 25 anos, morreu a 22 de dezembro do ano passado na sequência de um assalto, poucas horas depois de ter saído do trabalho.

Quatro adolescentes foram condenados, esta terça-feira, por roubo e homicídio à facada do português Wilham Mendes em Londres no ano passado, somando as sentenças um total de 29 anos, anunciou a polícia britânica.

Um rapaz de 17 anos foi condenado a 16 anos e meio de prisão pelo homicídio e roubo de Wilham Mendes, outro rapaz de 17 anos foi condenado a 10 anos de prisão por homicídio involuntário e roubo, um rapaz de 16 anos foi condenado a dois anos e meio de prisão pelo roubo e outro rapaz de 16 anos foi condenado a um centro de correção para jovens, embora tenha sido ilibado do homicídio.

O jovem de 25 anos, natural da Guiné-Bissau mas de nacionalidade portuguesa, morreu a 22 de dezembro do ano passado na sequência de um assalto, poucas horas depois de ter saído do trabalho num restaurante.

Os menores, com idades entre os 15 e 16 anos na altura, foram julgados em junho e julho deste ano no mesmo Tribunal Criminal de Londres onde foram declaradas as sentenças.

A acusação, a cargo do Ministério Público britânico, apresentou imagens de videovigilância onde se vê Wilham Mendes rodeado pelos quatro adolescentes e a tentar fugir. Segundo o procurador Oliver Glasgow, seguiu-se uma luta e uma fuga por ruas interiores, onde o português, um praticante de pugilismo amador, “foi violentamente esfaqueado e deixado a morrer”.

O detetive Devan Taylor, responsável pela investigação a cargo da Metropolitan Police, a polícia da capital britânica, lamentou este “caso trágico” e o “comportamento verdadeiramente chocante” dos quatro adolescentes.

“A família Mendes vai ter agora de viver com esta perda e os quatro réus vão viver o restante das suas vidas com o estigma de cadastro criminal e a morte de um homem na sua consciência”, vincou.

Wilham Mendes foi uma das milhares de vítimas de crimes com armas brancas no Reino Unido, cujo número de homicídios ascendeu a 132 em Londres no ano passado.

// Lusa

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