Acusação do caso BES está quase concluída. Arguidos vão ser chamados para interrogatório suplementar

Manuel De Almeida / Lusa

Ricardo Salgado (E), ex-presidente do BES, à saida do Tribunal Central de Instrução Criminal

Os procuradores responsáveis pelo principal processo do Grupo Espírito Santo (GES) estão prestes a concluir a investigação e a fazer acusações.

De acordo com o semanário Expresso, a acusação, composta por milhares de páginas, está praticamente feita e o Ministério Público (MP) deverá concluí-la até 16 de julho.

Porém, ainda há alguns passos que faltam ser dados. De acordo com o semanário, ainda é necessário ouvir os principais arguidos do processo em interrogatório complementar e confrontá-los com os novos indícios entretanto recolhidos.

A conclusão do processo, cuja investigação começou em 2014, estava prevista para junho de 2019, mas acabou por ser até que houvesse uma resposta das autoridades suíças.

Desde o início do processo que o número de crimes investigados tem vindo a aumentar. Os crimes vão desde suspeita de burla qualificada e branqueamento de capitais a práticas de associação criminosa e prejuízos para o comércio internacional.

Em causa estão eventuais crimes na concessão de crédito e na subscrição de dívida por investidores institucionais que possam ter contribuído para a derrocada do BES e do grupo Espírito Santo.

Em paralelo ao processo judicial, corre a qualificação da insolvência do BES, em que a comissão liquidatária e o MP apontam culpas aos 11 antigos gestores, sendo um deles Ricardo Salgado, um dos responsáveis pelo fim do banco.

ZAP //

 

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