Acordos com o Chega serão clarificados “quando houver eleições”, diz Montenegro

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ppdpsd / Flickr

Luís Montenegro, candidato à liderança do PSD

Questionado se o Governo terá condições para se manter em funções se o PSD vencer as eleições europeias de 2024, Montenegro remeteu essa avaliação para o PR.

O presidente do PSD afirmou que clarificará uma eventual política de coligações pós-eleitorais “quando houver eleições”, dizendo que não pactuará com partidos “anti-NATO, anti-Europa ou com políticas xenófobas ou racistas”.

Em entrevista ao programa Negócios da Semana, da SIC Notícias, na quarta-feira à noite, e questionado sobre se admite fazer acordos parlamentares ou de Governo com o Chega, Luís Montenegro assegurou que deixará clara essa matéria no momento que “considere adequado“, dando a entender que será na campanha eleitoral.

“Na altura em que houver eleições, vou dizer aos portugueses àquilo a que vou, não vou fazer como o atual primeiro-ministro que deu a Portugal um Governo que os portugueses não quiseram”, afirmou Luís Montenegro.

E, dirigindo-se diretamente para a câmara, acrescentou: “Eu sei que vocês não estão preocupados com o Chega, como eu também não estou. Quando chegarmos à campanha eleitoral, eu vou ser muito claro e há uma coisa que podem saber desde já: eu não vou pactuar com partidos anti-Europa, anti-NATO, pró-Rússia ou partidos que tenham políticas xenófobas e racistas. Mas não vamos antecipar as coisas nem vamos inquinar a nossa mensagem”.

Questionado se o Governo terá condições para se manter em funções se o PSD vencer as eleições europeias de 2024, Luís Montenegro voltou a remeter essa avaliação para o Presidente da República.

“Não tenho votos para fazer cair o Governo, admito que se houver uma instabilidade inultrapassável no país, se Governo continuar completamente incapaz, o Presidente da República deverá agir em conformidade. Desejo que isso aconteça? Não, não desejo, desejo que o Governo governe e cumpra o seu programa. Não vejo grande capacidade para o fazer “, afirmou.

Programa de regularização de dívidas com receita para medidas sociais

Luís Montenegro considerou que o Governo vai ter necessidade de avançar com novas medidas sociais para fazer frente aos níveis elevados de inflação e deixou uma proposta para “não onerar as contas públicas”.

“O Governo deve empreender um programa de regularização de dívidas fiscais e à segurança social, como fez em 2016, e deve aproveitar receita e aplicar em medidas sociais”, afirmou.

O líder social-democrata recordou que, em 2016, um programa semelhante gerou 580 milhões de receitas para o Estado, considerando haver condições para repetir uma verba desta dimensão.

“Um número que daria ao Governo possibilidade de fazer um programa de ajuda às empresas e famílias e, por exemplo, como já defendemos, baixar o IVA da eletricidade e gás para 6% por um período de meio ano”, defendeu.

// Lusa

5 Comments

  1. «…O sistema político da Constituição de 1976 está gasto, transformou a Democracia, Esperança do 25 de Abril, num “ancien régime”. Transformou-A numa partidocracia subordinada a várias oligarquias, onde impera o poder do dinheiro e não o Primado da Pessoa Humana, nem a soberania do Povo.
    O Estado Social vem sendo descaradamente destruído e agravam-se as desigualdades sociais.
    Os menos esclarecidos julgam que os centros de decisão mais importantes ainda estão nos Partidos, e não, como agora, nas sociedades secretas cujos interesses financeiros, protegidos por uma desregulação selvagem, dominam o Estado.
    Portugal, por culpa da passividade e da incompetência, foi transformado num protectorado de uma Europa sem coragem de se autoconstruir, afundada no Relativismo e rejeitando Princípios, Valores e Ideologias.
    Está assim comprometido o Interesse Nacional e o Bem Comum dos Portugueses.
    Também a posse das máquinas informativas pelos poderes aqui denunciados, ajuda a convencer os Portugueses de que não há outro caminho de Regeneração, de Democracia e de Desenvolvimento Integral da Pátria, a não ser o deste percurso de “apagada e vil tristeza” por onde nos forçam os “velhos do Restelo” do século XXI português.
    Os socialmente mais débeis são os mais covardemente atingidos e sofredores, porque assim o escolheram as oligarquias e as sociedades secretas.
    A crise tinha de ser enfrentada, mas não desta maneira de genocídio social…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha»

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