Clube de Coimbra, tal como o Boavista, terá de comprovar que tem cumprido no pagamento dos salários. Em campo, mais uma derrota complicou a situação de Rui Borges.
Ainda não há muitos anos, a Académica apareceu na Europa. Chegou a vencer o Atlético de Madrid, num jogo da Liga Europa – e o Atlético era o detentor desse troféu europeu, na altura.
Vencedor da Taça de Portugal em 2012 (por isso esteve na edição seguinte da Liga Europa), agora a realidade da equipa de Coimbra é bem diferente: está na II Liga e ocupa o último lugar.
Em sete jogos oficiais nesta época, zero vitórias. A Académica só conseguiu empates diante de Varzim e Estrela da Amadora, perdendo todos os outros compromissos, incluindo o afastamento da Taça da Liga logo no primeiro jogo, contra o Portimonense.
Nesta segunda-feira encontraram-se em Coimbra os (que eram) dois últimos classificados na II Liga: Académica e Vilafranquense, cada um com dois pontos. Entre 11 cartões amarelos e dois vermelhos, o Vilafranquense ganhou por 2-1 e deu um pequeno salto na classificação.
A «equipa dos estudantes» está agora isolada na última posição e, avisa o jornal Notícias de Coimbra, o treinador Rui Borges pode nem chegar ao próximo jogo, contra o Alpendorada, na Taça de Portugal.
Depois da derrota frente ao Vilafranquense, foram mostrados lenços brancos nas bancadas. Mais tarde, alguns adeptos protestaram e pediram a demissão de Rui Borges, nos arredores do Estádio Cidade de Coimbra.
Cumprimento salarial
No mesmo dia, a Liga Portugal informou que a Académica e o Boavista não provaram o cumprimento salarial entre Maio e Agosto deste ano.
Os comprovativos deveriam ter sido entregues até à semana passada, dia 15 de Setembro. Agora os dois clubes foram notificados e têm duas semanas para confirmarem que os salários estão pagos.
O Boavista já reagiu, assegurando que a situação salarial na sua equipa profissional está regularizada e explicando que questões burocráticas adiaram a entrega dos documentos.
A Académica ainda não comentou o assunto.