A posição do pólo norte magnético está mesmo a mudar

Foi lançada esta terça-feira a versão atualizada do Modelo Magnético Mundial, das mudanças do pólo norte magnético nos próximos cinco anos.

O Modelo Magnético Mundial, atualizado esta terça-feira, é um modelo matemático qu descreve a forma como o campo magnético da Terra se irá deslocar e mudar nos próximos cinco anos.

Este modelo prevê a diferença entre o norte magnético e o norte verdadeiro em cada ponto da Terra, desempenhando um papel fundamental na navegação por satélite e por avião e ajuda as pessoas a orientarem-se através de serviços de GPS.

“O seu smartphone ou sistema GPS tem um magnetómetro, ou seja, uma bússola digital incorporada”, explicou à Live Science William Brown, geofísico da BGS que ajudou a criar e atualizar o Modelo Magnético Mundial.

“Mede a direção do campo magnético no local onde se encontra e introduz a sua posição no software do Modelo Magnético Mundial para lhe dizer como deve ser o campo magnético. E depois, comparando o que medi e o que deveria ter obtido, é possível saber em que direção se está”, continuou a explicar.

Apesar de as alterações serem necessárias para manter os sistemas de navegação a funcionar – a maioria dos utilizadores não notará nada de diferente em resultado das alterações.

Onde fica o pólo norte magnético?

Como explica a Live Science, o pólo norte magnético é o ponto no hemisfério norte onde as linhas do campo magnético da Terra apontam diretamente para o planeta.

O movimento complexo do núcleo externo faz com que o pólo norte magnético se desloque dezenas de quilómetros por ano.

Como o campo magnético da Terra é ligeiramente assimétrico e mais complexo do que o de um íman em barra normal, o pólo sul magnético – o ponto no Hemisfério Sul onde o campo magnético aponta diretamente para o planeta – não se move da mesma forma.

As alterações na força do campo magnético perto do Pólo Norte fazem com que este se esteja a deslocar do Ártico canadiano para a Sibéria, nos últimos anos.

Modelo atualizado de 5 em 5 anos

“O verdadeiro desafio, e a razão pela qual lançamos um modelo de cinco em cinco anos, é que este não muda de forma regular. Não é completamente previsível. É um sistema realmente complicado e caótico”, explicou William Brown.

“Normalmente, cerca de cinco anos é quando a precisão do modelo começa a chegar a um ponto em que não é tão bom como gostaríamos. Por isso, fazemos uma previsão melhor com mais cinco anos de informação e atualizamos a previsão no futuro”, acrescentou.

Em termos prático – isto é, para as pessoas – pouco muda: “Deverá ser possível navegar tão bem como ontem”.

E nem sequer notam: “Mantemos as atualizações para que seja apenas um pouco de tempo, pequeno o suficiente para que a maioria das pessoas não note, porque para a maioria dos utilizadores, a precisão é mais do que eles precisam de qualquer maneira”.

ZAP //

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