A ONU tem um pedaço da Lua

Buzz Aldrin, astronauta da missão Apollo 11, caminha na superfície lunar perto do módulo Eagle

Visitantes podem observar um pedaço de 120 gramas de rocha lunar, monitorado 24h por uma câmara na sede da organização em Nova Iorque; pedra foi trazida por astronautas norte-americanos da missão Apollo 11.

Um visitante extraterrestre vive neste momento na sede da ONU em Nova Iorque: um precioso pedaço da Lua.

Exibido para todos os visitantes da sede da organização, em Nova Iorque, o pequeno bloco de rocha lunar passou três décadas armazenado e reapareceu após um rigoroso processo de segurança.

UN DOS/Anne Soiberg-Friedkin

Uma pedra de 120 gramas vinda da Lua, trazida pelos astronautas da Apollo 11 e exposta na sede das Nações Unidas

Símbolo do potencial da humanidade

A pedra junta-se a uma série de outros objetos fascinantes em exposição, desde uma metralhadora transformada em guitarra a uma estátua de bronze que sobreviveu a uma bomba nuclear no Japão.

Para a gerente de exposições da sede da ONU, Anne Soiberg-Friedkin, ter um pedaço da Lua reflete os imensos feitos da humanidade.

A participação da ONU em temas ligados ao espaço começou na década de 1950. Em 1992, foi criado o Gabinete de Assuntos do Espaço, Unoosa, com o objetivo de garantir que a exploração do espaço seja pacífica e orientada para o benefício de todos.

Mensagem de Neil Armstrong

A primeira missão lunar bem-sucedida, liderada pela agência espacial dos EUA, NASA, regressou com cerca de uma tonelada de rochas lunares, que foram partilhadas por todo o mundo com nações e instituições científicas.

Em 1969, a ONU deu as boas-vindas aos astronautas norte-americanos recém-retornados de sua caminhada na Lua com uma cerimonia de alto-nível.

Na ocasião, o astronauta Neil Armstrong dirigiu-se à multidão reunida na sede da ONU, ressaltando a “esperança de que nós, cidadãos da Terra, que podemos resolver os problemas de deixar a Terra, também possamos resolver os problemas de permanecer nela”.

A Lua não está à venda

No entanto, as rochas lunares são, na verdade, apenas um empréstimo, pois é ilegal possuir um pedaço do corpo celeste, explicou Soiberg-Friedkin.

As regras foram estabelecidas no Tratado do Espaço Exterior adotado pela Assembleia Geral, que entrou em vigor em 1967. O instrumento legal declarou que ninguém pode possuir o espaço exterior, incluindo a Lua e outros corpos celestes — é por isso que a segurança de uma pequena parte é tão importante.

Para evitar roubos ou danos às rochas de valor inestimável, regras rigorosas têm que ser implementadas como agentes de segurança presentes 24 horas por dia ou monitorização por câmara.

Coleção de 240 presentes oficiais

A rocha lunar é mais um exemplo dos presentes que os 193 Estados-membros, indivíduos e instituições oferecem à ONU desde a fundação em 1945.

A sua coleção apresenta inovações científicas como réplicas do primeiro Sputnik russo que atravessou a órbita da Terra em 1957 e uma tapeçaria da Grande Muralha da China, que exigiu o trabalho de 26 técnicos durante um ano inteiro para ser tecida.

Na sede da ONU em Nova Iorque, mais de 240 presentes oficiais estão em exposição, juntamente com muitos outros doados à organização.

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