A enorme língua de um novo dinossauro voador intrigou os cientistas

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Foi identificado, na Austrália, uma nova espécie de pterossauro a partir de um fóssil com 100 milhões de anos. É das espécies mais linguarudas de sempre, e os cientistas já sabem porquê.

Foi encontrado, na Austrália, um fóssil de uma espécie de pterossauro – réptil voador que habitou a Terra ao mesmo tempo que os dinossauros – com 100 milhões de anos com uma língua fora do comum.

O novo pterossauro australiano (H. peterseni) foi descoberto em 2021 por Kevin Petersen (daí o nome), e logo revelou ser um fóssil diferenciado.

Cerca de um quarto do esqueleto foi recuperado, o que fez dele o pterossauro mais completo encontrado na Austrália.

Como detalha a New Scientst, toda a mandíbula inferior foi preservada, juntamente com parte da mandíbula superior, vértebras, costelas e ossos das pernas e pés. Mas o que mais surpreendeu foi a preservação dos ossos da garganta, que neste tipo de espécies costumam ser bastante delicados.

Um novo estudo, publicado esta quarta-feira na Scientific Reports, descobriu que, afinal, aqueles ossos da garganta eram muito maiores do que o comum, o que indica que tinham uma língua maciça e musculada.

A equipa teoriza que a língua era utilizada para apanhar e segurar as presas – provavelmente animais escorregadios como lulas e peixes.

Quando a presa era agarrada pelas mandíbulas, os dentes do H. peterseni fechavam-se como um fecho de correr ou uma gaiola, impedindo a fuga. Depois, a língua era usada para empurrar a refeição garganta abaixo.

Apesar de não ser estar relacionado com nenhuma ave, a líder da investigação, Adele Pentland, descreveu, citado pela New Scientist, o pterossauro como um “pelicano demoníaco”, devido aos dentes pontiagudos.

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