Paulo Portas: Intervenção do Governo no combate à inflação é “tardia”

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O ex-líder do CDS/PP e ex-vice-primeiro-ministro, Paulo Portas

“Falar ao país com realismo e com verdade. 2023 vai ser mais difícil”. Paulo Portas considera que António Costa já devia ter agido há mais tempo.

“A burocracia do Ministério das Finanças foi adiando o mais que podia a tomada de quaisquer decisões”, criticou o antigo vice-primeiro-ministro e ex-líder do CDS.

Paulo Portas sublinhou que o Governo socialista demorou demasiado tempo a definir uma resposta à crise inflacionista, avança o Observador.

No seu habitual espaço de comentário na TVI, o democrata-cristão considerou a intervenção do Executivo como sendo “tardia”. O Governo vai apresentar, esta segunda-feira, o pacote de emergência social prometido por António Costa.

O início da reunião está agendado para as 15:00 horas e o pacote a aprovar pelo executivo deverá rondar os dois mil milhões de euros, de acordo informações veiculadas por alguns órgãos de comunicação social.

Entre as medidas estará, segundo os jornais, a atribuição de um cheque de 100 euros às famílias para ajudar a suportar o aumento dos custos com energia e alimentos.

O antigo vice-primeiro-ministro deixou um recado a António Costa: “Acho com toda a franqueza que o primeiro-ministro devia falar ao país com realismo e com verdade“.

“Houve três coisas que mudaram: mudou a inflação, mudaram as taxas de juro e mudaram as dívidas, das famílias, das empresas e dos Estados. Não há sinais de que as coisas vão melhorar”, realçou Paulo Portas.

“Faz falta dizer às pessoas que o ano de 2023 vai ser mais difícil. Vamos ter muito menos crescimento, muito menos receita, muito mais despesa. E a probabilidade de o défice de disparar é séria”, concluiu o antigo líder do CDS.

ZAP //

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