Três cenários na ‘Guerra que aí vem’: nenhum é a vitória da Ucrânia

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Oleg Petrasyuk / EPA

O título do livro “já nem exige um ponto de interrogação, muito menos reticências”. Ucrânia deverá resistir e prolongar o conflito.

António Telo e João Vieira Borges são os autores e o livro chama-se A guerra que aí vem – a Ucrânia num mundo em mudança.

Na apresentação que decorreu na semana passada, o Major-General Arnaut Moreira avisou que o título do livro “já nem exige um ponto de interrogação, muito menos reticências”.

A obra aborda a mudança ampla, multifacetada e rápida do sistema internacional, e não só da arquitetura de segurança e defesa decorrente da invasão da Ucrânia pela Rússia.

O livro salienta que tem havido vários avisos dos líderes europeus para esta guerra que pode alastrar e pode destruir a Europa. Mas o cidadão comum continua a desprezar porquê?

Os autores são inspirados pelas palavras de Winston Churchill, que em 1940 disse: “Só merece a liberdade quem está disposto a lutar por ela”, quando se sentia sozinho a lutar pela Europa, já durante a II Guerra Mundial.

O livro apresenta três cenários para a guerra na Ucrânia: clara vitória da Rússia; resistência da Ucrânia que prolonga a guerra; o conflito espalha-se para o Médio-Oriente.

João Vieira Borges, um dos autores do livro, disse na RTP que o cenário mais provável é o segundo: a Ucrânia vai resistir em função do apoio dos aliados.

“É o cenário que os próprios ucranianos consideram o mais provável”, indicou o autor.

No entanto há variáveis. E o major-general destacou o apoio dos EUA – algo que as eleições em Novembro devem mudar, se Donald Trump derrotar Joe Biden.

João Vieira Borges acha que Rússia e Ucrânia já têm aprendido lições a nível militar ao longo do conflito, fazendo correcções durante as batalhas.

Num âmbito mais geral, noutras lições: na Ucrânia está a ser construída uma “nova era”, que a democracia não se defende só com palavras, que a ameaça nuclear passou a ser vulgar, que a tecnologia pode fazer a diferença (embora não seja automático) e que a ONU precisa de uma reforma.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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1 Comment

  1. A base aérea na ilha Terceira a uns anos atrás teve uma importância estratégica fundamental, serviu para reabastecer os ditos cujos, que se dirigiam para o médio oriente, bombas atómicas em causa, lembram-se!Hoje restam meia dúzia de “rapazes “, já não interessa para nada. O que está a “ dar” é Ramstein ou melhor a da Roménia que fica a 160 km de Odessa. Vamos lá a ver “que importância estratégica terá?” Como alguém disse , vai ser no dia 4 de Julho, primeiro ministro “ esta guerra deve-se ao alargamento da EU/NATO para leste..” ….

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