O Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, decretou esta sexta-feira o estado de “emergência económica” por 60 dias, na sequência da crise económica e política que o país atravessa, de acordo com o Boletim Oficial do Estado venezuelano.
O novo ministro da Economia da Venezuela, Luis Salas, nomeado por Nicolas Maduro após as eleições, vai organizar uma conferência de imprensa para avançar detalhes sobre as medidas do decreto, que não foram ainda divulgadas.
Nicolas Maduro, que explicou aos deputados as linhas da sua política, cumprindo uma exigência da Constituição venezuelana para todos os meses de janeiro, deverá também facultar mais informações sobre a decisão.
Maduro tem pela frente, pela primeira vez desde que foi eleito, um parlamento hostil, dominado por uma maioria de dois terços de deputados da oposição, que já anteciparam que passarão seis meses até à queda do Presidente.
Reunidos na coligação Mesa da Unidade Democrática, os partidos que se opunham a Hugo Chávez, o ex-Presidente venezuelano que esteve no poder entre 1999 e 2013, ano da sua morte, obtiveram uma vitória esmagadora nas eleições parlamentares de 06 de dezembro, conquistando 112 dos 167 assentos parlamentares.
Um dia após o ato eleitoral, Nicolas Maduro anunciou que apresentaria em breve um plano de emergência económica para o país, onde os problemas quotidianos de escassez e a inflação galopante (200%, segundo especialistas) desencadearam um descontentamento popular que beneficiou a oposição.
A Venezuela tem uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, mas a sua economia entrou em queda acentuada nos últimos meses devido à baixa do preço do petróleo.
ZAP / ABr