O furacão Alex passou esta sexta-feira a tempestade tropical depois de ter atravessado o arquipélago dos Açores.
A informação foi confirmada à agência Lusa pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, depois de o arquipélago dos Açores ter estado em alerta vermelho.
O furacão passou esta sexta-feira a leste da Terceira, a ilha dos Açores que tinha “uma elevada probabilidade de sofrer o impacto direto” da situação, mas que acabou por ser afetada pela parte menos ativa do furacão Alex.
“O furacão Alex já passou a tempestade tropical e já se encontra a norte da Terceira. Passou mais a leste do que estava previsto, mais ou menos a 20/30 quilómetros a leste da Terceira”, afirmou à Lusa a meteorologista Elsa Vieira, da delegação regional dos Açores do IPMA.
De acordo com a meteorologista, “agora a situação irá melhorando, mesmo em termos de precipitação e de vento, à medida que a tempestade se for deslocando mais para norte”.
O agravamento do estado do tempo no arquipélago levou ao fecho de tribunais em sete ilhas e nas escolas, bem como em alguns polos da Universidade, não houve aulas.
O governo regional recomendou ainda o encerramento de creches e jardins-de-infância, tendo o presidente do executivo, Vasco Cordeiro, determinado o fecho dos serviços da administração regional para as sete ilhas.
O furacão Alex foi o primeiro fenómeno meteorológico desta natureza a acontecer em janeiro, em quase 80 anos, segundo meteorologistas norte-americanos.
O Alex é o primeiro furacão a formar-se no Atlântico em janeiro desde 1938, o primeiro a ocorrer neste mês desde o Alice, em 1955, e a quarta tempestade a formar-se nesse mês desde que há registos, em 1851, de acordo com o National Hurricane Center.
De acordo com o jornal Washington Post, estas tempestades tropicais só costumam ocorrer a partir de julho. No ano passado, a tempestade Ana, classificada como subtropical, formou-se a 7 de maio.
ZAP