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Autoridades francesas sabiam que Bataclan era alvo desde 2010

As autoridades francesas sabiam, desde 2010, que a sala de espetáculos Bataclan podia ser um dos alvos da ameaça terrorista, tal como se veio a confirmar nos ataques em novembro.

Esta informação, revelada esta quarta-feira pelo jornal francês Le Canard Enchaîné, citado pela agência Lusa, mostra que algumas ameaças deram lugar a uma investigação judicial, em  julho de 2010, e que chegou a levar à detenção de um dos principais suspeitos, Farouk Ben Abbes.

Apesar da possível ameaça, a investigação acabou por ser arquivada e não se traduziu em nenhum dispositivo de segurança mais alargado, tanto que nem sequer os proprietários do Bataclan sabiam da sua existência.

Ben Abbes era próximo do jihadista francês Fabien Clain, a quem se atribui a reivindicação dos atentados do mês passado na capital francesa.

A origem das informações sobre uma possível ameaça na sala de espetáculos surgiram depois de um atentado no Cairo em 2009, contra um grupo de estudantes franceses que estavam de férias.

A polícia egípcia deteve vários suspeitos, entre eles a francesa Dude Hoxha, que contou aos agentes dos serviços secretos que a interrogaram que Ben Abbes tinha um “projeto de fazer saltar o Bataclan”.

As informações que forneceu foram depois confirmadas por um diário que escreveu enquanto esteve presa, no qual descreveu os planos de Ben Abbes, relacionados com o facto de o dono da altura do Bataclan ser judeu e por “financiar o exército israelita”.

Entretanto, a sala de espetáculos foi vendida em setembro passado ao grupo Lagardère e espera reabrir no final do próximo ano.

ZAP

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