O Governo português não dispõe, até ao momento, de informação sobre vítimas entre cidadãos nacionais no Mali, onde homens armados fizeram reféns num hotel de luxo em Bamako, disse à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Em declarações à Lusa, fonte oficial do Palácio das Necessidades afirmou que o ministério está a acompanhar a situação através da embaixada de Portugal em Dacar, no Senegal.
A embaixada está “a contactar representantes das empresas portuguesas com elementos a trabalhar no Mali”, mas a mesma fonte do ministério indicou que a maioria está sediada em Dacar.
O ministério adiantou também que “não há registo de problemas com os militares nacionais” que se encontram naquele país.
Atualmente, Portugal tem destacados 13 militares no Mali, dos quais dois na missão da ONU (MINUSMA),no quartel-general da missão, em Bamako, e 11 na missão da União Europeia, de treino e formação das Forças Armadas daquele país.
Dos 11 militares na missão de treino da UE, oito estão noutra cidade, no centro de treino de Koulikoro, de acordo com o porta-voz do Estado Maior General das Forças Armadas.
“A informação de que dispomos até agora é a de que não há indícios de baixas“, afirmou a mesma fonte oficial do Palácio das Necessidades, que destacou que as autoridades ainda estão “em processo de recolha de informação”.
“Dois ou três” homens armados fizeram hoje 170 reféns – 140 hóspedes e 30 funcionários – no hotel de luxo Radisson Blu em Bamako, matando pelo menos três pessoas.
Cerca de 80 reféns já foram entretanto libertados.
Fontes da segurança disseram que os atacantes são jihadistas que chegaram ao hotel cerca das 7h da manhã num automóvel com matrícula diplomática, entraram e começaram a disparar armas automáticas.
/Lusa