Miguel A. Lopes / Lusa
O Benfica deu hoje um passo de ‘gigante’ rumo aos ‘oitavos’ da Liga dos Campeões em futebol, nos quais só chegou uma vez nos seis anos da ‘era Jorge Jesus’, ao bater em casa o Galatasaray por 2-1.
Os ‘trintões’ brasileiros Jonas, aos 52 minutos, e Luisão, aos 67, após bolas paradas de Gaitán, apontaram os tentos do conjunto de Rui Vitória, que se isolou na liderança do Grupo C, com nove pontos, contra sete do Atlético de Madrid e quatro dos turcos.
Para repetir 1994/95 (diretamente para os ‘quartos’), 2005/06 e 2011/12, o Benfica precisa de dois pontos, mas até pode perder os dois jogos, bastando, por exemplo, que os turcos não vençam na próxima ronda em Madrid.
A vitória dos ‘encarnados’, que criaram mais e melhores oportunidades, foi inteiramente merecida, mas os turcos ainda empataram aos 58 minutos, pelo alemão Podolski, que decidira na Turquia, e assustaram no final, depois da expulsão de Gaitán, por acumulação de amarelos, aos 85.
Face ao jogo de Istambul, o Benfica trocou apenas o castigado Samaris por Talisca, já titular face ao Tondela, enquanto o Galatasaray entrou com Olcan Adin, Denayer e Burak Yilmaz nos lugares de Carole, Öztekin e Omut Bulut.
A formação ‘encarnada’ entrou melhor, dominadora e rematadora, mas as tentativas de Gaitán (03 e 05 minutos), Jiménez (05), Gonçalo Guedes (11 e 14) e Jonas (19) não fizeram mexer o marcador.
Mais defensivo, pela certa, o Galatasaray só assustou aos 21 minutos, após tabela entre Sneijder e Podolski, com resposta pronta do Benfica, primeiro por Jonas e depois por Gonçalo Guedes, que, isolado por Gaitán, escorregou.
Com o passar dos minutos, e sem marcar, o conjunto de Rui Vitória perdeu confiança e fluidez, o que permitiu aos turcos equilibrarem o jogo até ao intervalo, mesmo longe da baliza de Júlio César, sem trabalho na primeira parte.
A formação da casa veio revigorada do intervalo, muito pressionante, e instalou-se no meio campo dos tucos, conseguindo adiantar-se no marcador aos 52 minutos, por Jonas, que se estreou a marcar na ‘Champions’.
Gaitán marcou um livre, ‘estudado’, para a cabeça de Jardel, o central, sobre a esquerda, colocou a bola no centro da área, Luisão deixou ficar e o ponta de lança brasileiro ‘fuzilou’ de pé esquerdo.
A vantagem do Benfica durou pouco, já que, seis minutos volvidos, aos 58, os turcos restabeleceram a igualdade, por Podolski, que aproveitou um ressalto e não perdoou, depois de um passe de Sneijder.
Os comandados de Rui Vitória não se mostraram, porém, afetados com o golo e partiram em busca do segundo, com Jiménez (62) e Talisca (65) a serem os primeiros a tentar, com remates de fora da área.
O segundo chegaria em nova jogada de bola parada, desta vez um canto. Gaitán marcou na esquerda, Jiménez ganhou um ressalto e centrou, com a bola a seguir para Luisão, que dominou e colocou a bola no ângulo superior esquerdo.
Novamente em vantagem, o Benfica foi então em busca de a aumentar, o que esteve muito perto de conseguir por duas vezes, aos 72 e 84 minutos, em ambas as ocasiões com Gaitán e Jiménez como protagonistas.
O terceiro não surgiu e, aos 85 minutos, as coisas complicaram-se, com Gaitán a perder a bola e a fazer um falta para evitar o contra ataque dos turcos, que lhe custou o segundo amarelo. Não jogará em Astana.
Mesmo com menos um, o Benfica poderia ter ‘acabado’ com o jogo, por Pizzi e Carcela, entretanto entrados, mas os instantes finais foram de sofrimento, com Júlio César a salvar perante Umut Bulut e Yasin Öztekin a atirar para as ‘nuvens’, já nos descontos.
