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“Apenas” 702 milhões de pessoas vão viver em pobreza extrema em 2015

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A pobreza extrema terá este ano uma diminuição, para menos de 10% da população mundial, o que acontece pela primeira vez, segundo um relatório do Banco Mundial, hoje divulgado.

O documento, todavia, expressa “grande preocupação” pelos milhões de pessoas que vivem em África, noticia a AFP.

“Esta é a melhor notícia no mundo de hoje – estas projeções mostram que somos a primeira geração na história humana que pode acabar com a pobreza extrema”, disse Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial.

De acordo com as projeções do Banco Mundial, cerca de 702 milhões de pessoas, ou seja 9,6% da população mundial, vai viver abaixo da linha da pobreza este ano, principalmente na África Subsaariana e na Ásia.

Em 2012, essa cifra era de 902 milhões, ou seja cerca de 13% da população mundial, em 1999 situava-se em 29%.

De acordo com Yong Kim, regista-se um contínuo declínio na pobreza extrema, resultado de um crescimento dinâmico económico nos países em vias de desenvolvimento e os investimentos na saúde e na educação, bem como em redes de segurança social.

“Esta nova previsão da pobreza cair na casa de um dígito deve-nos dar um novo impulso e ajudar a concentrar-nos ainda mais concentradamente sobre as estratégias mais eficazes para acabar com a pobreza extrema”, disse.

Anteriormente, as pessoas que vivem com 1,25 dólares norte-americanos, ou menos, por dia foram definidas como vivendo em extrema pobreza.

Essa cifra é atualmente de 1,90 dólares, para refletir a inflação.

O relatório do Banco Mundial surge depois de os líderes mundiais, no mês passado, se terem comprometido a acabar com a pobreza extrema no prazo de 15 anos, adotando um conjunto ambicioso de metas das Nações Unidas com um investimento na ordem dos triliões.

/Lusa

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