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Super-vulcão de Yellowstone é 2,5 vezes maior que se pensava

Jon Sullivan / Wikimedia

A lagoa de Morning Glory, no Parque Nacional de Yellowstone, EUA. Erupções de água quente à superfície são indícios da enorme câmara de magma no subsolo. (foto: Jon Sullivan / wikimedia)

A lagoa de Morning Glory, no Parque Nacional de Yellowstone, EUA. Erupções de água quente à superfície são indícios da enorme câmara de magma no subsolo. (foto: Jon Sullivan / wikimedia)

Um “super-vulcão” que está debaixo do solo no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, é muito maior do que se pensava inicialmente, segundo revela um estudo publicado esta semana.

O estudo mostra que a câmara de magma do vulcão é 2,5 vezes maior do que o apontado por um levantamento anterior. A caverna teria 90 quilómetros de largura e algo entre 2 e 15 quilómetros de altura, com 200 a 600 quilómetros cúbicos de rocha fundida.

Os dados foram apresentados durante um encontro da Sociedade Americana de Geofísica, de São Francisco.

“Estamos a trabalhar em Yellowstone há muito tempo, e sempre pensámos que o vulcão poderia ser maior. Mas esta descoberta é estarrecedora”, revela à BBC o investigador Bob Smith, da Universidade de Utah.

Se o super-vulcão de Yellowstone entrasse em erupção, as consequências poderiam ser catastróficas. A última vez que isso aconteceu – há 640 mil anos –, o super-vulcão espalhou cinzas por todo o continente da América do Norte, afectando o clima do planeta.

 

Próxima erupção

Os cientistas acreditam que, com o novo estudo, têm agora informações muito mais precisas sobre o super-vulcão.

Usaram uma rede de sismógrafos espalhados pelo Parque para tentar mapear o conteúdo da câmara de magma.

“Registámos terramotos no Yellowstone e arredores e medimos as ondas sísmicas à medida em que passavam pelo solo. As ondas viajam mais lentamente por material quente e fundido. Assim conseguimos medir o que está abaixo do solo”, diz o investigador Jamie Farrell, também da Universidade de Utah.

Smith explica que apesar de o tamanho ser muito maior do que o medido em outros estudos, isso não aumenta os riscos para a fauna no Parque Nacional.

Segundo Smith, não há forma de prever quando é que o super-vulcão voltará a entrar em erupção.

Alguns acreditam que o vulcão deveria entrar em erupção a cada 700 mil anos, mas Smith acredita que é preciso recolher mais dados para sustentar essa teoria. Até agora, os cientistas só têm informações sobre três erupções passadas do super-vulcão, ocorridas há 2,1 milhões, 1,3 milhão e 640 mil anos.

É apenas com base nestes registos que é estimado esse intervalo de cerca de 700 mil anos entre erupções.

ZAP / BBC

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