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Magistrado do Tribunal Eleitoral do Brasil quer campanha de Dilma Rousseff investigada

Marcelo Camargo / ABr

Dilma Rousseff, presidente do Brasil

Dilma Rousseff, presidente do Brasil

 Gilmar Mendes, magistrado do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, pediu que se investigue a campanha que conduziu à reeleição da presidente do país, Dilma Rousseff, para esclarecer se foram cometidos atos ilícitos, foi hoje anunciado.

Num documento enviado à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal brasileiras, Gilmar Mendes pede que se esclareça se a campanha eleitoral de Dilma Rousseff, em 2014, recebeu dinheiro obtido na trama de corrupção que envolve a petrolífera estatal Petrobras.

O magistrado cita uma declaração do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, na qual este assegurava que doou à campanha de Dilma Rousseff 7,5 milhões de reais (cerca de 1,8 milhões de euros) provenientes de corrupção na Petrobras.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência emitiu um comunicado no qual reitera que todas as contribuições e gastos da campanha de 2014 foram apresentados ao Tribunal Superior Eleitoral, órgão que, “após rigorosa revisão, aprovou as contas por unanimidade”.

Cerca de meia centena de políticos brasileiros, a maioria aliados de Dilma Rousseff, estão a ser investigados por alegadamente terem beneficiado da rede na petrolífera estatal, da qual foram desviados cerca de dois milhões de dólares (cerca de 1.770 milhões de euros).

Um dos investigados é o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, acusado formalmente de corrupção na Petrobras.

Eduardo Cunha é suspeito de ter recebido suborno de contratos da Petrobras com uma empresa coreana, para o fornecimento de navios, e de branquear capitais.

/Lusa

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