A Netflix anunciou uma nova política empresarial que é um verdadeiro sonho para os seus funcionários: licença de maternidade e paternidade ilimitada.
Não é brincadeira. Poucas horas depois de o preço das suas acções ter batido recordes, a Netflix, cujo serviço chega a Portugal em Outubro, mostrou que o seu sucesso pode ter muito a ver com o facto de se importar com os seus empregados.
Enquanto a maioria das mães costuma enfrentar problemas (e muitas vezes preconceitos) para conseguir uma curta licença de maternidade, e os pais têm pouquíssimos dias para aproveitar os seus recém-nascidos, a Netflix vai contra a corrente e garante a todos os seus funcionários que podem ter até um ano para fazer o que quiserem depois de terem um bebé.
De acordo com a directora de Recursos Humanos da empresa, Tawni Cranz, a Netflix trabalha duro para “promover uma cultura de liberdade e responsabilidade”, com o objectivo de que os seus funcionários tomem as suas próprias decisões.
“Com isto em mente, estamos a introduzir uma política de licença ilimitada para novos pais e mães, que lhes permite tirar o tempo que quiserem durante o primeiro ano após o nascimento ou adopção de uma criança”, diz Cranz.
“Queremos que os funcionários tenham a flexibilidade e confiança para equilibrar as necessidades de suas famílias sem se preocupar com trabalho ou finanças”, acrescenta.
Boa decisão financeira
Os novos papás mamãs podem voltar ao trabalho parcialmente ou a tempo integral quando quiserem, e podem voltar a trabalhar e parar novamente, se acharem necessário.
“Vamos continuar a pagar os salários normalmente, eliminando a dor de cabeça. Cada funcionário deve descobrir o que é melhor para si e para as suas famílias e, a seguir, combinar com os seus directores a sua substituição durante as suas ausências”, explica Cranz.
Muitas empresas devem estar neste momento a pensar que os directores da Netflix enlouqueceram e que esta é uma péssima decisão de gestão.
Muito pelo contrário.
O que a Netflix fez foi perceber que, para continuar a ser uma companhia competitiva no mercado, precisa de manter os indivíduos mais talentosos na sua folha de salários.
Estudos científicos mostram que as pessoas têm melhor desempenho no trabalho quando não estão preocupadas com questões domésticas.
A nova política da Netflix quer apoiar os empregados durante as grandes mudanças nas suas vidas, para que voltem às suas funções mais focados e dedicados.
Este é um marco vantajoso para os trabalhadores. Já passou o tempo em que os trabalhadores “davam tudo” e “suavam a camisola” nos seus empregos. Agora, procuram acima de tudo um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
A decisão da Netflix é uma forma de lembrar aos seus funcionários que a empresa está em sintonia com as suas necessidades, que quer que eles fiquem – e que dêem seu melhor.
ZAP / Hypescience
“… licença ilimitada … durante o primeiro ano após o nascimento ou adopção de uma criança”. Se é só no 1º ano, não é ilimitada!! É durante um período de tempo.
Na minha opinião só tenho a dizer” finalmente alguém entende de gestão”…. Perceba-se que enquanto as empresas não adotarem o sistema de fazer ao outro o que gostariam que se lhes fizesse, as culturas empresariais andarão sem norte, na minha opinião. Só têm a ganhar com acções como esta. Não podemos adotar noções simplistas de trabalho como a força das horas ou a força da despesa com uma pessoa que vai ter crianças. Porque o gestor que se achar sensato ao limitar as pessoas a verdade é que a médio prazo vai ter rendimento por parte da pessoa a 50% quando o poderia ter a 100%.
E em vez de o rendimento liquido criado por um funcionário para a empresa for de 3000 euros, um funcionário motivado tenho fé que pode criar rendimento na ordem dos 6000, 10.000, 20.000 ou mais. Se um funcionário ganhar 1200 euros e for pouco motivado, o possivel retorno que ele vai dar à empresa possivelmente poderá ser de 3000 euros. É lucro é verdade….Mas os gestores ficam contentes com isso??? Não vêm que um funcionário podem render muito mais?
Se um funcionário que ganha 1200 euros for devidamente motivado, “amado”; respeitado e houver uma politica de gestão de fazer aos outros o que gostaria que lhes fizesses penso que ele pode trazer uma valorização liquida à empresa de 5000, 10.000 euros ou mais… E aí as empresas ganhariam em rendimento.
As empresas precisam de investir? Precisam sim. Não é só falar em aumentod e ordenados ou modernização da empresa em termos materias. Fala-se numa modernização de mentalidades e processos humanos, de humanidade. É esse o investimento de evolução “tecnologica” (como que diz) que as empresas precisam. A evolução civica moral, humanista. O fazer o bem ao próximo é um motor fulcral para bom funcionamento das empresas e sua sobrevivencia ao longo dos anos.
Já viram o que seria de um funcionário contente no trabalho, com novas ideias de implementação na empresa e com um com uma percentagem menor de erros cometidos… e rendimento maior no seu trabalho?
Ilimitada até um ano!…
Marketing americano, pois claro…