Os seis estudantes com melhores médias de ingresso no mestrado integrado de Engenharia Física da Universidade de Aveiro vão ter as propinas pagas por empresas, anunciou esta segunda-feira fonte académica.
O financiamento das propinas por parte da indústria, através de “prémios de mérito”, é uma iniciativa que vai estrear no próximo ano lectivo, que pretende ajudar a reduzir as necessidades de engenheiros físicos, numa área de formação que é actualmente a quarta com maior taxa de empregabilidade do Ensino Superior nacional.
“Os prémios de mérito pretendem atrair um maior número de estudantes de elevado potencial para ingressarem no Mestrado Integrado de Engenharia Física (MIEF), contribuindo para suprir as necessidades regionais e nacionais de formação nesta área”, explica João Miguel Dias, director do Departamento de Física (FIS) da Universidade de Aveiro.
O pagamento da propina de 1.063,47 euros, referente ao 1º ano do curso, é destinado aos seis estudantes do primeiro ano com as médias de acesso mais elevadas, desde que superiores a 14 valores, que ingressem no MIEF no ano lectivo 2015/16.
O respectivo valor é suportado por empresas portuguesas e estrangeiras que constatam a necessidade da formação de quadros superiores na área da Engenharia Física e reconhecem o mérito do curso ministrado em Aveiro, “o único no país distinguido com o selo de qualidade internacional EUR-ACE”.
“A inovação neste tipo de indústrias e de empresas é favorecida com a actividade de diplomados de cursos das áreas científicas e tecnológicas, como este mestrado integrado”, sublinha João Miguel Dias, dando conta de que a cooperação com o tecido industrial tem sido “uma aposta contínua da formação oferecida pelo Departamento de Física, dando como exemplo a realização da dissertação e do estágio em ambiente empresarial, no 5º ano do curso.
Com uma formação abrangente em áreas de elevado pendor tecnológico, “os diplomados do MIEF são reconhecidos em diversos sectores de actividade, nomeadamente em empresas dos sectores automóvel, espacial, da energia, das telecomunicações, da robótica, medicina e biomedicina”.
/Lusa