Petição para referendar Acordo Ortográfico já tem mais de 5 mil assinaturas

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erichhh / Flickr

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A petição que exige o referendo do Acordo Ortográfico de 1990 angariou mais de cinco mil assinaturas em menos de um mês.

Cristina Pimentel, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, explica à TSF que o objetivo é recolher as 75 mil assinaturas necessárias até outubro, para que o novo Parlamento vote o projeto de lei depois das legislativas.

A petição contra o “novo acordo” tem como mandatários 52 personalidades da política, artes, cultura e universidades, entre os quais António Arnaut e Manuel Alegre (PS), Pacheco Pereira e Manuela Ferreira Leite (PSD), Bagão Félix e Lobo Xavier (CDS-PP), o realizador de cinema António-Pedro Vasconcelos, o escritor Miguel Sousa Tavares, o maestro António Victorino de Almeida e o músico Pedro Abrunhosa.

O propósito do documento, afirma a investigadora, é fazer ver que “este acordo não tem pés nem cabeça”.

Cristina Pimentel considera que a recolha de assinaturas tem sido um sucesso. “Para além das cinco mil já contabilizadas, temos todas as assinaturas que vieram por correio e que ainda não foram contadas. O mesmo acontece com muitas que foram entregues em mão nos postos de recolha”, relata à TSF.

Para subscrever a Iniciativa do Referendo, é preciso enviar uma folha com nome, documento de identificação e assinatura, que está disponível no site. As folhas devidamente preenchidas podem ser digitalizadas e enviadas por email ou enviadas pelo correio para a Faculdade de Letras de Lisboa, ao cuidado de Maria Cristina Pimentel ou Helena Buescu.

ZAP

4 Comments

  1. Enfim, dada a implementação adiantada do acordo (com a obrigação das escolas e dos manuais escolares o seguirem) não terá muito sentido voltar atrás. Ter-se-á, provavelmente, de procurar um novo acordo ortográfico, que aproveite os aspetos positivos do atual acordo (sim, nem tudo é negativo!) e corrija alguns dos aspetos menos conseguidos do atual. Será a atitude mais sensata atendendo ao andar da carruagem.

    • Enquanto se discutia e no tempo que mediou a implementação do “desacordo” acabou por vingar o desleixo como sempre dos desleixados portugueses e agora resta-lhes o ‘fogo-de-vista”!

  2. O atual modelo ortográfico não é o modelo que advém do Latim, mas antes uma adaptação feita da ortografia francesa, em que inventaram acentos e complicações com a antipatriótica reforma ortográfica republicana de 1911 e reforminhas seguintes. Ainda conheci pessoas antigas e hoje falecidas que nunca se adaptaram á reforma ortográfica de 1911.
    Meu falecido pai, que ainda aprendeu a escrever sem acentos à francesa, sempre escreveu portuguez, e não português. Ainda nos anos 30, havia confusão na escrita. Basta ver a falta de acentos nas fichas técnicas dos filmes clássicos dos anos 30. Em coerência, sou a favor do acordo ortográfico ou, então voltar-se à ortografia antiga.

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