A data limite para alcançar um acordo entre Atenas e os credores internacionais é “30 de junho, no momento em que termina o prolongamento do plano de ajuda”, indicou esta sexta-feira o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis.
“Nos termos do acordo de 20 de fevereiro entre Atenas e os credores, o plano de ajuda ao país prolongou-se até 30 de junho, por isso é até esta data que é necessário alcançar um acordo”, declarou o ministro à rádio grega VimaFM.
Yanis Varoufakis também assegurou que “estamos perto de concluir as negociações, haverá um acordo rapidamente“, sublinhando que todas as partes chegaram a consenso “sobre a maioria das questões”.
Mesmo assim, Varoufakis acusou de novo os credores de insistirem na política de austeridade que considerou ser “desastrosa para a economia grega” e para a Europa.
Segundo o ministro, este acordo vai incluir reformas “sobre o emprego, a Segurança Social e a dívida pública”, que pesa sempre nas finanças públicas gregas.
O Governo grego mostrou-se confiante nos últimos dias num acordo com os credores até domingo, mas a Comissão Europeia (CE) mostrou-se menos otimista na quinta-feira.
“Nós ainda não alcançamos um acordo, há questões em aberto para resolver”, afirmou Annika Breidthardt, a porta-voz da CE encarregada dos Assuntos Económicos, adiantando que “novos progressos devem ser feitos”.
Por outro lado, o Governo grego assegurou também na quinta-feira que o acordo há tanto tempo esperado entre a Grécia e os credores sobre o futuro financeiro do país deverá estar acabado até domingo.
“Estamos a trabalhar para concluir um acordo muito rapidamente, até domingo”, afirmou na quinta-feira o porta-voz do Governo de Atenas, Gabriel Sakellaridis.
O dossier da Grécia também foi analisado na reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G7 em Dresden, na Alemanha, cujos trabalhos terminam hoje.
Na quinta-feira, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que a saída da Grécia da zona euro era “uma possibilidade”.
Posteriormente, o FMI tentou suavizar as declarações de Lagarde, já que todas as partes envolvidas comprometeram-se até agora a não alimentar especulações de um Grexit (saída da Grécia da zona euro).
/Lusa