O novo programa Erasmus +, desenhado para atribuir bolsas de estudo e estágio a mais de 4 milhões de jovens que queiram estudar no estrangeiro, é hoje apresentado em Lisboa a potenciais candidatos.
A apresentação é feita pela Agência Nacional PROALV e tem como objetivo chegar ao maior número possível de potenciais candidatos com interesse nas áreas da educação/formação.
Em meados de novembro, o Parlamento Europeu aprovou o programa Erasmus+, definindo um orçamento de 14,7 mil milhões de euros até 2020 para atribuir bolsas mas também empréstimos, o que representou um aumento de 40% em relação à verba anterior.
O novo programa vem substituir os sete que existiam: o Erasmus e Erasmus Mundus, destinados a estudantes do ensino superior; o Comenius (dirigidos ao ensino escolar); o Leonardo da Vinci (para a educação e formação profissional); o Grundtvig (educação de adultos) e o programa “Juventude em Ação”.
Além dos programas de educação, o Erasmus+ está também pensado para os jovens desportistas que podem receber bolsas.
Com um orçamento de 14,7 mil milhões de euros, o Erasmus + poderá chegar a mais de quatro milhões de jovens entre os 13 e os 30 anos, de todos os níveis de ensino, assim como professores, formadores e animadores de juventude.
Os programas apoiam não apenas estágios, mas também intercâmbio de jovens, voluntariado, atividade docente ou a participação numa atividade de desenvolvimento profissional.
Através deste programa, os estudantes que queiram fazer um mestrado na União Europeia podem também pedir empréstimos entre 12 e 18 mil euros, dependendo se é um ou dois anos.
Apesar destes novos empréstimos, o Parlamento Europeu sublinha que este instrumento “não deverá substituir quaisquer sistemas de empréstimo ou subvenções já existentes a nível nacional nem impedir a criação de sistemas futuros que apoiem a mobilidade dos estudantes” a nível local ou nacional.
O programa Erasmus+ vai também apoiar parcerias entre as instituições de ensino e as empresas, com o objetivo de melhorar a empregabilidade dos estudantes e desenvolver competências empresariais.
O programa vai ainda apoiar cerca de 125 mil instituições para que trabalhem em parceria além fronteiras.
A apresentação deste novo programa surge um dia depois de o Bloco de Esquerda (BE) ter denunciado a existência de “um atraso generalizado nas transferências das verbas para os bolseiros Erasmus, uma competência das próprias universidades”.
Segundo o BE, a atribuição das bolsas neste programa europeu acontece em agosto por parte das próprias universidades.
O Bloco de Esquerda requer ao Governo um levantamento urgente dos prazos e calendários de transferência das bolsas Erasmus a ser praticados pelas instituições de ensino superior portuguesas no ano letivo 2013/2014 e ainda os montantes das verbas transferidas nos últimos cinco anos.
/Lusa