Bioplástico com curcumina tem propriedades antibacterianas; é para ser usado em hospitais

Cortesia / FCTUC

Bioplástico com curcumina

Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolvem bioplástico inovador com propriedades antibacterianas para uso hospitalar.

A solução anuncia-se como inovadora; alia sustentabilidade ambiental ao combate de infeções hospitalares, resultantes de bactérias multirresistentes.

O projeto é de investigadores do Centro de Química de Coimbra (CQC), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), igualmente da UC.

Chama-se Natural-based antibacterial bioplastics: a synergic and sustainable approach for surface photo-decontamination (PhotoBioSyn) e combina ácido polilático (PLA) – um bioplástico biodegradável obtido a partir de biomassa – com curcumina, um composto natural extraído da raiz da curcuma (açafrão-da-índia), resultando num material com ação antibacteriana quando ativado pela luz.

«Estamos a criar uma alternativa sustentável aos plásticos hospitalares tradicionais, que representam cerca de 70% dos resíduos e são um dos principais vetores de contaminação por bactérias multirresistentes. Os resultados preliminares são promissores, uma vez que estes bioplásticos fotossensíveis foram capazes de inativar bactérias multirresistentes, após um tempo curto de exposição à luz», revela o coordenador Rafael Aroso, em comunicado enviado ao ZAP.

A equipa de investigadores está a trabalhar na escalabilidade do processo para produção industrial. O objetivo final é oferecer ao mercado hospitalar um produto biodegradável, funcional e economicamente viável.

«Além do impacto ambiental, esta solução poderá ter um impacto significativo na saúde pública, contribuindo para a redução de infeções hospitalares, que afetam milhões de pessoas por ano na Europa», conclui o investigador Rafael Aroso.

ZAP //

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