lady_betty_grafstein / Instagram

Num vídeo divulgado esta segunda-feira, Betty Grafstein disse que foi “uma tola” por continuado casado com José Castelo Branco, depois de, alegadamente, ter sido vítima de violência doméstica.
Em maio de 2024, José Castelo Branco foi detido por violência doméstica.
Em novembro, o Ministério Público (MP) acusou Castelo Branco de violência doméstica, considerando que o arguido “agredia física e verbalmente” Betty Grafstein, desde o início do casamento, celebrado em 1996.
Esta segunda-feira, num vídeo publicado nas redes sociais pelo estilista e diretor criativo David Motta, Betty detalhou abusos que sofreu, durante quase 30 anos.
Betty diz ter feito o vídeo em resposta ao marido, que a acusa de estar “fora de ordem”.
“Este é um pequeno comunicado para o José Castelo Branco, que disse que não estou muito bem, que estou incoerente, que ninguém me vem ver, que estou completamente fora de ordem, o que não é verdade. Tenho muitos, muitos amigos que me vêm ver. Muitas pessoas que eu conheço podem confirmar isso”, começou por dizer.
Depois, a socialite, de 96 anos mostra arrependimento por ter continuado casado com Castelo Branco, mesmo após as agressões: “Não sei porque é que fiquei tanto tempo com o José. Deu-me tantos murros na cabeça. Fui uma tola por ficar com ele. Tinha medo”.
“Sou mesmo uma tola, não fui esperta, tinha medo. Caí numa armadilha, infelizmente”, acrescentou Betty, que, segundo o Jornal de Notícias, se encontra internada numa casa de repouso e recuperação, em Nova Iorque.
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Castelo Branco foi acusado de violência doméstica, depois de a sua esposa ter feito queixa a vários profissionais de saúde de que foi empurrada pelo marido. Os ferimentos levaram a que fosse internada na CUF de Cascais para tratar uma fratura no fémur e uma lesão no braço esquerdo.
Mas que raio de jornalista é este? “Alegadamente ter sido vítima de violência doméstica”-Lá estão vocês a duvidar das vítimas e a questionar o que dizem. Foi vítima de violência doméstica.ponto final. A comunicação social tem a responsabilidade social, por ser um veículo de informação, na transmissão correta dos conteúdos. Não vamos continuar a explorar a vítima e a deixar o agressor livre.
Cara leitora,
Não compete aos jornalistas julgar e condenar quem quer que seja acusado de qualquer crime que seja.
Até ao momento em que o juiz profere a sua sentença, o acusado goza da presunção de inocência e é o alegado autor do crime.
No momento em que o juiz diga que um acusado é um criminoso, o jornalista pode então dizê-lo também.
Uma só coisa se pode exigir: o silêncio absoluto sobre este caso nojento, sintoma da maior degradação moral da nossa sociedade.