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China esclarece detalhes do acordo comercial com os EUA

Thomas Peter / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente da China, Xi Jinping

Os EUA e a China confirmaram os detalhes de um quadro de comércio que visa permitir a exportação de terras raras e o alívio de restrições tecnológicas, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério do Comércio da China nesta sexta-feira.

A China irá rever e aprovar os pedidos de exportação de bens sujeitos a regras de controlo de exportações, enquanto os EUA vão cancelar uma série de medidas restritivas atualmente impostas a Pequim, afirmou um porta-voz do ministério em comunicado, sem dar mais pormenores.

O comunicado surge depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter afirmado na quinta-feira, num evento na Casa Branca, que o acordo com a China tinha sido assinado.

Segundo a CNBC, um responsável da Casa Branca clarificou mais tarde que a administração e a China “tinham chegado a um entendimento adicional sobre um quadro para implementar o acordo de Genebra“.

No início deste mês, as equipas de negociação comercial de ambos os lados, lideradas pelo Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelo Vice-Primeiro-Ministro chinês, He Lifeng, chegaram a um acordo sobre a implementação do Acordo de Genebra de 2020, após dois dias de negociações em Londres.

O acordo de Londres estabilizou o que se tinha tornado numa relação tensa, com Washington a acusar a China de atrasar o alívio das restrições às terras raras, e Pequim a criticar as restrições tecnológicas dos EUA e a revogação de vistos de estudantes.

Embora o mais recente comunicado da China seja “encorajador”, é importante moderar as expectativas, afirmou Alfredo Montufar-Helu, conselheiro sénior para a China do think tank The Conference Board.

Como ambos os lados consideram as terras raras “uma moeda de troca crucial para negociações futuras”, o comércio destes bens deverá continuar condicionado, acrescentou Montufar-Helu.

Na sequência da reunião comercial inicial em Genebra, Suíça, em meados de Maio, Washington e Pequim tinham alcançado um acordo preliminar para suspender a maioria das tarifas sobre os bens de ambos os países durante 90 dias e para reverter certas medidas restritivas.

José Costa, ZAP //

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