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Paquistão anunciou nomeação do presidente dos EUA para o prémio, pela sua “grande visão estratégica e excecional habilidade política” na mediação do recente conflito entre aquela nação e a Índia, em maio.
O mundo foi surpreendido este domingo, ao acordar com a notícia de que o presidente dos EUA Donald Trump deu a ordem para os EUA atacarem o Irão em três pontos com centrais nucleares, um dia depois de ter dito que “iria pensar” durante as próximas duas semanas se o iria fazer.
Aquele que se autodescreve como “peacemaker” ( ou “pacificador”, em português) partiu para a guerra e deixou esse título para os iranianos: é agora “o Irão, valentão do Médio Oriente, quem tem de fazer a paz”, disse o presidente em discurso dirigido aos norte-americanos depois de bombardeadas as centrais nucleares de Fordow, Natanz e Esfahan. E Trump, que diz não procurar a guerra, deixou ainda o aviso. “Se [o Irão] não o fizer, os futuros ataques serão muito maiores e muito mais fáceis”.
Horas antes, o Governo do Paquistão anunciava a intenção de nomear formalmente o presidente dos EUA para o Prémio Nobel da Paz, pela sua intervenção na crise paquistanesa com a Índia.
O Governo fundamentou a futura nomeação com a “liderança decisiva” e a “intervenção diplomática” de Trump durante o conflito entre as duas potências nucleares, segundo um comunicado.
“Num momento de intensa turbulência regional, o Presidente Trump demonstrou uma grande visão estratégica e uma excecional habilidade política mediante uma sólida interação diplomática com Islamabade e Nova Deli, que reduziu a escalada de uma situação que se deteriorava rapidamente, alcançando finalmente um cessar fogo”, referia-se no texto.
“Nunca irei conseguir o prémio”
O anúncio foi conhecido depois de uma recente reunião, em Washington, entre o chefe do Exército do Paquistão, Asim Munir, e o Presidente norte-americano.
“Não receberei um Prémio Nobel da Paz por conter a guerra entre a Índia e o Paquistão (…). Não o receberei, mesmo que o faça, mas as pessoas sabem e isso é tudo o que me importa”, queixou-se na sexta-feira Trump, na sua rede social, Truth Social.
“Não receberei um Prémio Nobel da Paz independentemente do que faça, incluindo Rússia/Ucrânia e Israel/Irão, quaisquer que sejam esses resultados, mas já o sabemos”, reivindicando também a manutenção da paz entre o Egito e a Etiópia.
As afirmações de Trump sobre o papel de mediador, no entanto, chocam com a postura oficial de Nova Deli.
E será a nomeação uma espécie de truque do Paquistão?
Alguns analistas paquistaneses defendem que a iniciativa de nomear Trump para o famoso prémio poderá levar Trump a reconsiderar a hipótese de se juntar a Israel na guerra. O Paquistão condenou as ações de Israel por violarem o direito internacional e representarem uma ameaça à estabilidade regional.
Guerra nuclear evitada
A crise entre os dois vizinhos com armas nucleares ocorreu em maio, quando ambas as nações se bombardearam mutuamente. A escalada desencadeou-se após um atentado terrorista que custou a vida a dezenas de turistas num destino turístico na Caxemira administrada pela Índia.
Nova Deli acusou o Paquistão de patrocinar o ataque, uma alegação sobre a qual não apresentou provas públicas e que Islamabade nega.
Temia-se o pior na única junção nuclear tripla do mundo. Mas a 10 de maio, as duas potências nucleares, moderadas pelos EUA, puseram um ponto final a semanas de confrontos e morte na Caxemira.
ZAP // Lusa
Mais um? É como o Obama, o “igNobel” da Paz que mandou bombardear alguns países…
Trump será nomeado para o Nobel da Paz… Já agora o Putin ou O António Guterres e os seus apoio incondicional a terroristas e Regimes não merecem ser também nomeados?