Os centros comerciais Dolce Vita do Porto, de Coimbra e de Vila Real foram à falência. Os shoppings do Porto e de Vila Real estão à venda por pouco mais de 40 milhões de euros, enquanto o Dolce Vita de Coimbra deverá ser o próximo a ser alienado.
O Jornal de Negócios revela que o grupo espanhol Chamartín, que comprou em 2006 ao grupo Amorim os centros comerciais Dolce Vita, pôs à venda os shoppings Dolce Vita Porto e Dolce Vita Douro, por cerca de 40 milhões de euros cada, muito abaixo da dívida de 111 milhões do shopping portuense e dos 64,3 milhões do duriense. O Dolce Vita Coimbra, por seu lado, acumula dívidas de 77,8 milhões de euros.
As alienações acontecem na sequência da falência das empresas proprietárias dos centros – a Novantas II e a Aplicação Urbana VII, detidas pela Charmatín.
O anúncio, publicado na passada quarta-feira no Diário de Notícias, aponta que “por determinação do administrador de insolvência” estão à venda 111 frações do centro comercial Dolce Vita Porto, sendo o valor-base de 41,53 milhões de euros, bem como 58 frações do Dolce Vita Douro, situado em Vila Real, por um valor mínimo de 43,33 milhões .
As propostas para a compra ou dação em cumprimento deverão ser apresentadas nos próximos 10 dias, havendo a possibilidade de os dois shoppings ficarem nas mãos do credor hipotecário, a LSREF3 Octopus Investments, sociedade que pertence à americana Lone Star.
De acordo com o anúncio, as frações de ambos os centros comerciais “serão alienadas no seu conjunto, pelo que serão apenas admitidas propostas para a aquisição da globalidade das mesmas”.
O Dolce Vita Braga, que está fechado e com a gestão entregue à Sonae Sierra, ficou na posse da Caixa Geral de Depósitos, enquanto o Dolce Vita Tejo foi vendido ao Eurofund Investments no final do ano passado.
O centro comercial do Porto ocupa uma área superior a 38 mil metros quadrados, possuindo sete salas de cinema, um hipermercado e 129 lojas. O de Vila Real, por sua vez, tem 131 lojas e um hipermercado espalhados por 30 mil metros quadrados.
A Chamartin sublinhou ao Expresso que a operação “não interfere de nenhuma forma no desenvolvimento e gestão diária” de cada um dos centros comerciais.
ZAP