Cacau, gripe das aves e língua azul encarecem o feriado. Ovos preocupam no pão de ló e folar: preço subiu 20% em relação ao ano anterior.
A Páscoa vai ser mais cara este ano. O domingo de 20 de abril será marcado por um aumento dos preços que tem afetado os doces, a carne e o folar e até as flores.
Todos estes setores se queixam dos preços. A subida do preço dos ovos, impulsionada pela gripe das aves, está a ter um impacto direto nos custos de produção de doces emblemáticos como o pão de ló e o folar. A doença obrigou ao abate de milhares de aves em países como Espanha e Estados Unidos, o que afetou o fornecimento e pressionou o mercado.
Em Ovar, nota o JN, os produtores já atualizaram o preço do pão de ló de 20 para 22 euros, com perspetivas de novos aumentos à medida que a Páscoa se aproxima. Uma caixa de ovos que custava 63 euros há poucas semanas, está agora perto dos 70 euros.
Hélder Pires, da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação (ACIP), confirma que os preços dos ovos subiram 20% em relação ao ano anterior.
A carne de cabrito, sempre presente nas mesas pascais, também está mais cara. A doença da língua azul, que afetou explorações de bovinos e ovinos, fez disparar o preço em 30% no final de 2024, e os valores não voltaram a descer. Atualmente, o quilo de cabrito ronda os 20 euros e o de borrego os 12 euros.
Até no setor das flores, impulsionado pela Páscoa, se notam aumentos.
O chocolate tem sido afetado pelo preço do cacau, que tem “engordado” constantemente: entre dezembro e janeiro deste ano disparou quase 10%.
«…Vou fazer um apelo, como fizemos com os gangues no início de 2019 em que dissemos para pararem de matar pessoas ou não reclamarem do que acontece depois.
Bem, vou fazer um apelo aos importadores, distribuidores e grossistas de alimentos: parem de abusar do Povo de El Salvador ou não reclamem do que acontece depois. Não estamos a brincar. Espero que os preços caiam amanhã ou haverá problemas…» – Nayib Bukele, Presidente de El Salvador