Monárquicos ficam fora da AD (que não se vai chamar Aliança Democrática)

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Tiago Petinga / EPA

Luís Montenegro e AD na noite eleitoral 2024

Morre o nome mas não a sigla — assim deu a entender Hugo Soares. Monárquicos contestam, e “vão sozinhos” às legislativas. Nos Açores, PPM mantém-se na AD.

O Conselho Nacional do PSD aprovou por unanimidade o acordo de coligação pré-eleitoral com o CDS-PP para as legislativas antecipadas de 18 de maio na Madeira e no Continente, ficando de fora os monárquicos que tinham integrado a AD (Aliança Democrática) nas legislativas e europeias de 2024. Desta vez, o PPM apenas integrará a coligação nos Açores.

“O PPM não integra a coligação do ponto de vista do continente porque não foi possível chegar a acordo com o PPM relativamente à questão dos lugares (…) Não julgo que devamos pôr em causa um projeto político por questões de lugares nas listas e, portanto, a questão ficou resolvida”, afirmou.

Questionado se a coligação vai poder ou não continuar a chamar-se AD, o secretário-geral do PSD defendeu que “não há nada que impeça a utilização da nomenclatura AD do ponto de vista desta candidatura”.

Refere-se à contestação do líder monárquico, Gonçalo da Câmara Pereira, que já em 2024 foi integrado na coligação depois de criticar o uso da sigla sem a presença do PPM. Isto porque a sigla foi usada pelos três partidos numa coligação entre 1979 e 1983.

E Câmara Pereira já comentou a decisão da nova AD: “As promessas que nos fizeram não foram avante, vamos sozinhos. Não temos problemas, não temos complexos”. Mas deixa a questão da sigla como um aviso: “seria uma injustiça e defraudar o eleitorado” a utilização do mesmo nome pela coligação PSD-CDS.

O líder monárquico até já enviou uma carta ao PSD, a que o Público teve acesso, onde se escreve que “podem chamar à coligação agora formalizada, o que quiserem. Não lhe podem é chamar ‘Aliança Democrática‘, na medida em que a AD é também um património político do PPM.”

Hugo Soares já deu a entender que, para evitar problemas, o nome Aliança Democrática deverá ser alterado, mas a sigla deve manter-se.

“Nos próximos dias os senhores serão informados qual será o nome da coligação que vai ser registada, mas quero apenas isso que do ponto de vista jurídico, formal, constitucional não há nenhum problema. (…) Como o país sabe, esta é a candidatura da AD, nós somos a AD”, afirmou.

Hugo Soares aproveitou para voltar a diferenciar a coligação AD do partido ADN, dizendo que essa confusão fez perder “milhares e votos e alguns mandatos no país” nas últimas legislativas.

Questionado se tal será uma razão para mudar de nome, insistiu: “Veremos nos próximos dias, os senhores podem dizer ao país que hoje, formalmente, a coligação entre PSD e CDS foi aprovada e que a AD está aqui para continuar a transformar Portugal”.

ZAP //

4 Comments

  1. tinha piada o PSD / CDS perder pelos 0, não sei quantos por cento que os monárquicos representam…
    ou se calhar é mesmo essa a ideia para justificar a vinda do dom sebastião de massamá e do seu penduricalho chegano…

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  2. Para ganharem as Eleições , o PPM , deu jeito ; agora é como un Tampax que se descarta ! . Para o PSD-CDS , o Fin justifica os meios , mesmo indignos que sejam !

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