(dv) Saudi Press Agency

Donald J. Trump e Melania Trump à saída do Air force One
Presidente está irritado com a Boeing. Mas substituir o avião do presidente dos EUA não é propriamente a tarefa mais fácil do planeta.
Donald Trump tem estado irritado, desta vez, com a Boeing. Quer um novo Air Force One, substituir o conhecido VC-25B.
“Não estou feliz com o facto de a Boeing estar a demorar tanto tempo. Não penso em optar pela Airbus (que é francesa, ao contrário da Boeing, dos EUA). Mas eu poderia comprar o que foi usado e convertê-lo. Poderia comprar um de outro país, talvez”, disse o presidente dos EUA.
Sim, o Air Force One demora. E não é só por causa da burocracia, de autorizações, de papelada. É muito mais do que isso.
Há 5 anos que a Boeing começou a trabalhar no novo avião oficial do líder da Casa Branca. E dá trabalho: é um veículo único (e o único avião do mundo que descolou mais uma vez do que aterrou sem ter tido um acidente…)
Especialistas em aviação explicaram à Popular Science que, por exemplo, o avião é construído para suportar uma explosão nuclear e servir como uma Casa Branca móvel em fases de guerra.
Tem recursos avançados de criptografia que permitem comunicações prolongadas e seguras de qualquer parte do mundo.
Protege cada centímetro da sua fiação e da sua parte electrónica para fugir de um potencial pulso electromagnético – uma breve explosão de energia electromagnética, que pode ter origem numa arma nuclear.
Tem sistemas de navegação de última geração.
Não foi construído para atacar, para disparar; mas tem medidas defensivas (provavelmente nunca usadas) que podem interceptar diversos sistemas de mísseis.
Consegue reabastecer-se no ar; o centro de comando móvel – que costuma ter um alcance máximo de quase 13 000 km – em princípio consegue permanecer no ar durante vários dias seguidos, se tiver o reabastecimento adequado.
E depois também tem outro nível de comodidades: a qualidade dos materiais, o espaço, a suite presidencial, a mesa grande, os dois sofás que podem ser convertidos em camas…
Já com mais de 70 anos de existência (do primeiro modelo, claro), o actual modelo da Air Force One, que começou a circular em 1990, já começa a mostrar sinais de “velhice”.
Aliás, estima-se que, se fosse um avião “normal”, de uma companhia aérea comercial, já teria sido retirado há muito tempo. São 35 anos, já chega. Até porque, no que diz respeito à manutenção, a partir de certa altura começa a ser difícil encontrar peças, material. São “descontinuadas”, como se diz por cá.
Mas, para já, Donald Trump vai ter de esperar. Ou melhor, provavelmente nem adianta esperar.
O presidente dos EUA assinou um contrato com a Boeing em 2018, quando foi presidente pela primeira vez, para ter dois novos aviões a jato. Mas, segundo as últimas previsões, o novo modelo só deve estar pronto em 2029.
Ou seja, o novo Air Force One só vai voar quando Donald Trump já nem for o presidente.
Deve estar com pressa em cair…