Taça da Liga e Supertaça podem vir a ser disputadas no estrangeiro

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ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

pedro proença

O presidente da Liga de Futebol, Pedro Proença, na apresentação da sua candidatura às eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)

“Portugal não vai excluir a disputa no estrangeiro de alguma das suas provas, nomeadamente uma Supertaça totalmente relançada no nosso calendário desportivo”, disse Pedro Proença, que quer globalizar os clubes portugueses.

O candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Pedro Proença apresentou o seu programa esta segunda-feira, no qual aponta à profissionalização do setor da arbitragem e admite que a Supertaça pode disputar-se no estrangeiro.

A discursar no auditório principal da Cidade do Futebol, em Oeiras, o ex-árbitro e atual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), ocandidato, que como presidente da Liga de clubes já tinha falado da possibilidade de colocar a realização da ‘final four’ da Taça da Liga fora do país, revelou que pretende a Supertaça nesses moldes, numa dinâmica de remodelação dos quadros competitivos.

“Portugal não vai excluir do seu campo de possibilidades a disputa no estrangeiro de alguma das suas provas, nomeadamente uma Supertaça totalmente relançada no nosso calendário desportivo”, realçou, prometendo globalizar os clubes portugueses.

Profissionalização da arbitragem

“Uma federação forte não se faz com arbitragem fraca ou disciplina incompreensível. Quando se entra em campo para competir no topo da nossa pirâmide, há 22 jogadores profissionais, suplentes profissionais e profissionais do treino e da medicina à volta do campo. Depois, há quatro que parecem ser, mas não são totalmente profissionais. E, a tudo isto, somamos quem está no videoárbitro. Este mandato a que me candidato não terminará sem uma profissionalização absoluta do setor da arbitragem”, sublinhou.

Proença considera que a evolução passa pela “implementação de um modelo empresarial para a gestão desse setor”, que está “sequioso dessa serenidade, reconhecimento e visão”, corporizada numa Direção Técnica Nacional de Arbitragem, um órgão que pretenderá implementar na federação.

“Só com uma arbitragem totalmente profissional, uma disciplina dedicada a 100% e as duas absolutamente autónomas de interferências de outros órgãos federativos se constrói o respeito que é há muito devido e para o qual não estamos todos a fazer o que podemos”, expressou Pedro Proença, que preside a LPFP desde o início de 2014.

“Máxima confiança, máxima responsabilidade”

Pedro Proença afirmou que liderar a FPF “exige competências próprias de um gestor, conhecimento específico da modalidade e uma comprovada capacidade de união”, lembrando o trabalho desenvolvido na carreira de árbitro e, depois, na Liga de clubes.

“Sou do campo de jogo, é de lá que venho, mas isso não me impediu de estudar, de aprender, de me licenciar e de construir o meu próprio caminho de gestor. Na última década, ao serviço de uma fatia importante da modalidade, o futebol profissional. Ali percorremos um caminho de salvação, recuperação, crescimento e agregação”, frisou.

Apesar de vincar não ter “nenhum pingo de sobranceria”, Pedro Proença entende que a probabilidade de vencer as eleições para a FPF “é muito alta” e assegurou que quer aliar a exigência à prudência nas variadas seleções de futebol, futsal e futebol de praia.

“Vamos dar estabilidade às equipas técnicas e condições de excelência aos jogadores e jogadoras. Em nenhum azulejo destes balneários faltará apoio e ambição. A exigência terá de ser acompanhada de prudência. A federação tem selecionadores de qualidade inegável, em quem confiamos para implementarem a política de ambição permanente. A transição normal e saudável da gestão federativa não precisa de ser acompanhada de revoluções ineficientes. Máxima confiança, máxima responsabilidade”, ressalvou.

Proença deseja ainda aumentar o tempo de atividade física nas escolas, trabalhar na base feminina para obter mais mulheres treinadoras e árbitras, fazer desenvolver a FPF juntamente com as associações regionais e criar uma ‘explosão’ de federados na base.

As eleições dos órgãos sociais federativos para o quadriénio 2024-2028 realizam-se em 14 de fevereiro, numa altura em que Fernando Gomes se encontra em funções desde o dia 17 de dezembro de 2011 e cumpre o terceiro e derradeiro mandato na liderança.

Pedro Proença e Nuno Lobo, atual presidente da Associação de Futebol de Lisboa, são os dois candidatos à sucessão de Fernando Gomes na presidência da FPF, e tiveram os elencos das respetivas listas confirmados pela comissão eleitoral no dia 09 de janeiro.

// Lusa

1 Comment

  1. Ok, mas depois não venham falar de levar gente aos estádios…

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