Organismo rejeita documento proposto por ucranianos. “O que aconteceu agora foi um acto de censura política”.
O Conselho da Europa rejeitou atribuir o estatuto “terrorista” a Vladimir Putin.
A decisão do organismo, mais precisamente do Secretariado da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, rejeitou uma proposta, uma emenda, nesse sentido.
Refira-se que o Conselho da Europa não é o Conselho Europeu presidido por António Costa. Esta organização é a principal organização de defesa dos direitos humanos na Europa – mas não faz parte do quadro institucional da União Europeia.
Seis legisladores ucranianos, liderados por Oleksandr Merezhko, e o deputado sueco Markus Wiechel apresentaram a proposta, tentando que o Conselho da Europa responsabilizasse o presidente da Rússia por diversos actos terroristas contra civis.
Uma série de propostas foi publicada nesta quarta-feira mas essa não foi aceite.
Segundo o Pravda, o Secretariado da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa explicou a Oleksandr Merezhko que “designar um Chefe de Estado como terrorista equivale a utilizar termos ofensivos e insultuosos que são inapropriados num documento oficial da Assembleia”.
O ucraniano reagiu: “Para qualquer advogado internacional, é claro que ‘terrorista’ é um termo jurídico. Especialmente tendo em conta que a Assembleia já reconheceu a Rússia como um regime terrorista!”, lembra.
“Não é papel do Secretariado decidir o que é ofensivo para quem. Há membros deste organismo que podem rejeitar a minha emenda – é assim que funciona o processo democrático. Mas o que aconteceu agora é um acto de censura política“, acusou Oleksandr Merezhko.
Guerra na Ucrânia
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