Rússia planeou ataques terroristas contra todo o mundo, diz primeiro-ministro da Polónia

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O primeiro-ministro polaco e ex-presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Tusk acusa a Rússia de planear campanha de terrorismo contra companhias aéreas a nível mundial. Encomendas que explodiram em armazéns europeus terão sido ensaio do Kremlin para provocar explosões em voos para os EUA.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, acusou esta quarta-feira a Rússia de orquestrar uma campanha de terrorismo aéreo contra companhias aéreas “não apenas contra a Polónia, mas contra companhias aéreas de todo o mundo”.

A discursar durante uma reunião com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, Tusk alegou que a Rússia planeava levar a cabo atos de terror envolvendo aviões, embora não tenha fornecido mais pormenores.

“Só posso confirmar que a Rússia planeou atos de terror aéreo, não apenas contra a Polónia, mas contra companhias aéreas de todo o mundo“, afirmou Tusk, antecessor de Charles Michel — o antecessor de António Costa — na Presidência do Conselho Europeu.

Esta quinta-feira, o Kremlin negou a acusação. “Estas são alegações absolutamente infundadas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela Reuters: “a Polónia é bem conhecida por fazer tais acusações”.

Alegados ataques visavam os EUA?

Segundo o primeiro-ministro polaco, que garante ter dados que permitem acusar a Federação Russa, encomendas que explodiram em armazéns logísticos na Europa terão sido parte de um ensaio para uma conspiração russa para provocar explosões em voos de carga para os Estados Unidos.

Este mês, o The New York Times revelou que os serviços secretos americanos avisaram a Casa Branca sobre planos russos para contrabandear engenhos incendiários em aviões de carga com destino aos EUA.

A acusação junta-se a uma longa lista de alegadas ações russas que visam os sistemas de transportes mundiais e europeus.

Em abril de 2024, lembra o jornal Politico, o Ministro dos Transportes checo, Martin Kupka, afirmou que a Rússia tinha lançado milhares de ataques aos caminhos-de-ferro europeus como parte da sua campanha de guerra híbrida. Moscovo negou as alegações.

O Kremlin tem sido implicado em recentes desastres aéreos, como o abate de um avião de passageiros azerbaijanês no Cazaquistão, que matou 38 pessoas.

O incidente fez lembrar a tragédia que teve lugar uma década antes, em 2014, em que 298 pessoas morreram quando um avião MH17 foi abatido sobre o leste da Ucrânia.

Tomás Guimarães, ZAP //

1 Comment

  1. lá anda o bicho Papão, entre EUA , UCRANIA e RUSSIA , venha o diabo e escolha mas para mim o Pior terrorista sempre serão os EUA

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