Apesar de não ter recebido queixas, a IGAI abriu um processo à operação da PSP. A atuação do Governo está a ser criticada dentro do próprio PSD.
A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um processo administrativo para investigar a operação policial realizada na Rua do Benformoso, no Martim Moniz, em Lisboa, na última quinta-feira.
Embora não tenha recebido queixas formais sobre abusos, a IGAI abriu “por sua iniciativa um processo administrativo, com solicitação de informações à PSP sobre a referida operação”, relata ao Expresso o inspetor-Geral da Administração Interna, o Juiz Desembargador Pedro Figueiredo.
Este processo surge após a divulgação de imagens e vídeos que geraram controvérsia nas redes sociais e que mostravam dezenas de pessoas alinhadas contra uma parede, sem poderem mover-se durante mais de uma hora.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) justificou a operação referindo que a Rua do Benformoso tem sido palco de 52 incidentes envolvendo armas brancas nos últimos dois anos, incluindo um homicídio em maio.
Em comunicado, a PSP destacou que a intervenção foi autorizada por uma procuradora do Ministério Público, com base em denúncias e relatórios de policiamento de proximidade. Durante a operação, foram detidas duas pessoas por posse de armas e droga, e apreendidos diversos itens suspeitos de ligação a atividades ilícitas, incluindo 581 gramas de haxixe, armas brancas, documentos e mais de 3400 euros em dinheiro.
O superintendente Luís Elias, comandante da PSP de Lisboa, afirmou que todas as pessoas foram tratadas com dignidade e que não houve incidentes a registar.
Desconforto no PSD
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu garantias de que a operação foi conduzida dentro da legalidade, mas evitou comentar diretamente por ainda não ter analisado as imagens.
A reação mais crítica veio de Pedro Nuno Santos, líder da oposição, que acusou o governo e o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, de promoverem um ambiente de repressão. O socialista alertou para uma “cultura repressiva” que começa com os imigrantes e pode afetar todos os cidadãos.
Em contraste, o primeiro-ministro enalteceu a importância de operações semelhantes. “Há uma coisa que me parece óbvia, é muito importante que operações como esta decorram, para que haja visibilidade e proximidade no policiamento e fiscalidade de atividades ilícitas”, afirmou Luís Montenegro.
Apesar de Montenegro contar com o apoio público de outras figuras o PSD, como a ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz, o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo ou o ex-líder do partido Luís Marques Mendes, a situação está a dividir o partido.
José Pacheco Pereira é um dos nomes do PSD que condenou a operação, classificando-a como uma “vergonha” para o partido e questionando a associação implícita entre imigração e criminalidade, lembrando que não viu “uma operação deste género contra os No Name Boys”, a claque do Benfica que este fim de semana se envolveu em confrontos com a polícia num restaurante.
Ja um ex-vice-presidente do partido revela ao Público que os comentários de Montenegro “entornam o caldo”, dado que, apesar de o Governo garantir que não interfere no trabalho da PSP, o primeiro-ministro defendeu publicamente a realização de mais operações deste género.
Fernando negrão, ex-director nacional da Polícia Judiciária e antigo líder parlamentar do PSD, também considera que não se tratou de “um procedimento normal” por estarem em causa “limitações a direitos fundamentais das pessoas” como “o de se deslocarem livremente pelas ruas de uma cidade”.
O antigo secretário de Estado do Ambiente José Eduardo Martins também confessa ao Público que ficou “bastante intranquilo” quando notou que “só de pessoas que não eram brancas” foram encostadas à parede.
Haja bom senso. Não houve abuso da autoridade, que se visse.
Os “betos” do PS (e agora alguns do PSD) que vivem em zonas chiques da cidade já não se lembram do que em tempos foi feito.
Por acaso, a SIC mostrou outras atuações da PSP em tempos atrás que governava o PS. E nessa altura ninguém levantou a voz…
Hoje, as circunstâncias são outras, cuja perceção de insegurança é bem diferente para pior.
Ninguém molestou ninguém, nas imagens que vimos. Agora, há necessidade de virmos a ter uma perceção de segurança. Só diz o contrário quem vive em locais protegidos e que poucos, nos 10 milhões de portugueses, lá vivem.
Onde vivem estes senhores, que ganharam um lugar ao Sol, muitas vezes, à custa da política, que põem em causa a atuação da Polícia só para atingir o Governo?
Haja vergonha e deixem de ser populistas.
A polícia não tem o direito de encontrar uma pessoa à parede durante uma hora sem qualquer indício de crime. Vivemos num estado de direito ou numa ditadura? Não importa se são imigrantes, betos, pretos, amarelos ou albinos. Se querem fazer policiamento que metam agentes a paisana a prender quem estiver a cometer crimes, isto que se viu foi só para humilhar os imigrantes.
Baza pra Venezuela hipócrita
Ditadura era no tempo do Salazar, dizem os Sabios espalhados na C. S:, agora estao no Tempo da “Santa Liberdade”, dizem os Paladinos da Liberdade e Democracia.
Isto é um Pais de Pataratas, que não sabem o que fazem , nem sabem o que dizem.
O Relatorio da OCDDE sobre as “Competencias” dos tugas (inlcui certamente essa maralha do PS, PSD,esquerdalhada) é bem Clara: Sõ conseguem desempenhar o Nivel 1, e atrás de nós só esta o Chile. Querem Milagres com Parvalhoes ? Então, esperem sentados para não se cansarem.
Pobre país. Continua refém da esquerda…
Que investigação foi feita aquando da operação Caril?
Que vergonha… Onde este país vai….
Devia ser assim todos os dias…