Problema para a Ucrânia: 50 mil soldados desertaram neste ano

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Oleg Petrasyuk/EPA

Número avançado pelo procurador-geral da Ucrânia. E o país precisa “desesperadamente” de mais soldados para combater os russos.

A Ucrânia precisava de ter mais soldados na guerra com a Rússia, mas a deserção não está a ajudar.

Desde que a guerra começou há quase três anos, mais de 100.000 soldados ucranianos desertaram, admitiu o procurador-geral da Ucrânia. Quase metade desertou ao longo de 2024.

Isto numa fase em que Kiev precisa “desesperadamente” de reforços no terreno em fase crucial da guerra, cita o canal Euronews.

Os soldados estariam fartos das condições muito más. Cansados, despojados, arranjaram maneira de fugir da guerra e ainda hoje estão escondidos – e acusados de deserção pela Justiça da Ucrânia.

Unidades inteiras abandonaram os seus postos; assim os russos ganharam vantagem territorial em diversos postos.

Alguns dos desertores, traumatizados ou desmotivados, apresentam licença médica – e nunca mais voltam.

Também há soldados que entram em conflito com os comandantes. Chegam a recusar cumprir ordens do superior… durante tiroteios.

“O principal é que abandonam as posições de combate durante as hostilidades e os seus camaradas morrem por causa disso. Tivemos várias situações em que as unidades fugiram, pequenas ou grandes. Expuseram os seus flancos e o inimigo chegou a esses flancos e matou os seus irmãos de armas, porque aqueles que ficaram nas posições não sabiam que não havia mais ninguém por perto”, descreveu um oficial ucraniano.

“Este problema é crítico”, disse Oleksandr Kovalenko, um analista militar baseado em Kiev.

A percentagem de desertores tem aumentado de forma significativa mês após mês.

Um soldado ucraniano avisa: “Este é o terceiro ano de guerra e o problema só vai aumentar“.

Mas um oficial percebe os desertores: “Nesta fase, não condeno nenhum dos soldados do meu batalhão e de outros. Porque toda a gente está muito cansada”.

ZAP //

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1 Comment

  1. A esquerda esta irreconhecível..
    Antigamente eram contra guerras, contra fronteiras, anti grande empresas e a favor de liberdade de expressão.
    Agora são pro guerra, pro fronteiras (de todas menos USA) , defensores de multi nacionais (ex – pfizer) e contra liberdade de expressão (especialmente de valor opostos aos deles)

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