O serviço já é “péssimo” mas esta segunda-feira, praticamente um ano depois do início das viagens, há paralisação.
Esta segunda-feira, 2 de dezembro, é dia (mais) complicado para quem quer viajar num autocarro da UNIR.
Há greve na AV Feirense, convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, que vai afetar os transportes em Vila Nova de Gaia e em Espinho.
A AV Feirense opera, através da sua subsidiária Transportes Beira Douro, em todo o lote 4 da rede Unir (Vila Nova de Gaia e Espinho) e também está subcontratada no lote 2, operando em parte dos concelhos de Gondomar, Paredes, Valongo e Santo Tirso.
O coordenador Centro-Norte do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), Hélder Borges, disse à agência Lusa que o sindicato tentou reunir com a empresa, sem sucesso.
O sindicato também já está a tentar marcar uma mediação do conflito laboral com a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
Por seu lado, fonte da AV Feirense refere que foi a empresa a tomar a iniciativa de reunir com a coordenação local do STRUP, mas que face à falta de resposta, contactou a estrutura central em Lisboa.
A mesma fonte lamentou ainda que não tenha sido possível chegar “a acordo para as condições de diálogo”.
A empresa revelou também à Lusa que, num universo de cerca de 600 motoristas, 53 fizeram greve no início do mês, e que o salário médio na empresa ronda os 1.834 euros brutos, a que se acrescentam ajudas de custo de 260 euros.
No entanto, em vários cartazes visíveis na greve desta manhã, lia-se: “Mentirosos. Salário médio dos trabalhadores da Feirense 1.839 euros – falso”.
A UNIR começou a circular há praticamente um ano, no dia 1 de dezembro de 2023. Une 17 municípios da Área Metropolitana do Porto.
Um ano após a implementação da Unir, e após diversos problemas sobretudo no início, a perceção dos passageiros em Gaia, continua a ser que o serviço da nova rede de autocarros continua a ser “péssimo”, cita a Lusa.
ZAP // Lusa
