Detidos, gás lacrimogéneo, bastões e canhões de água. O que se passa na Geórgia?

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Confrontos violentos são consequência da suspensão da adesão do país à União Europeia. Europa pede novas eleições por suspeita de “irregularidades”.

Desde 2012, a Geórgia é governada pelo partido Sonho Georgiano, que a oposição acusa de tentar afastar o país da UE e aproximá-lo da Rússia.

No dia 26 de outubro, realizaram-se novas eleições no país, e novo primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, do partido pró-russo que voltou a obter maioria, anunciou esta semana que o seu governo vai abandonar a sua tentativa de adesão à UE “até ao final de 2028”.

A França, Alemanha e Polónia denunciaram, no início deste mês, “numerosas irregularidades” nas eleições, que a oposição do país acusa de terem sido fraudulentas e terem tido intervenção do Kremlin.

Na quinta-feira, o Parlamento Europeu apoiou uma resolução que descreve as eleições como a última etapa do “agravamento da crise democrática” na Geórgia e afirma que o partido no poder é “totalmente responsável”.

Na madrugada desta sexta-feira, manifestantes protestaram em frente aos escritórios do partido vencedor em Tbilisi e Kutaisi para protestar contra a decisão.
A polícia começou a dispersar a manifestação às 2h da manhã, utilizando bastões, gás lacrimogéneo e canhões de água, depois de os manifestantes terem barricado algumas ruas de Tbilisi, conta a BBC.

Foram detidos pelo menos 43 manifestantes pró-europeus foram presos e 32 polícias ficaram feridos. Segundo o Ministério do Interior da Geórgia, citado pela Lusa, as pessoas “foram detidas pelas forças de segurança por desobediência às ordens legítimas da polícia e por atos de vandalismo”.

ZAP //

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2 Comments

  1. O que se passa na Georgia, é uma tentativa da repetição do Maidan na Ucrânia. Mal uma gurra termine, já estão aflitos para começar a próxima.

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