Confrontos violentos são consequência da suspensão da adesão do país à União Europeia. Europa pede novas eleições por suspeita de “irregularidades”.
Desde 2012, a Geórgia é governada pelo partido Sonho Georgiano, que a oposição acusa de tentar afastar o país da UE e aproximá-lo da Rússia.
No dia 26 de outubro, realizaram-se novas eleições no país, e novo primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, do partido pró-russo que voltou a obter maioria, anunciou esta semana que o seu governo vai abandonar a sua tentativa de adesão à UE “até ao final de 2028”.
A França, Alemanha e Polónia denunciaram, no início deste mês, “numerosas irregularidades” nas eleições, que a oposição do país acusa de terem sido fraudulentas e terem tido intervenção do Kremlin.
🇬🇪 | It was a tough and violent night in Tbilisi, with riot police brutally beating and detaining protesters, while journalists were especially targeted in extreme ways.
One thing is clear: the anti-Russian resistance in Georgia is alive and will continue. pic.twitter.com/zCIKu4rOih
— Visioner (@visionergeo) November 29, 2024
Na quinta-feira, o Parlamento Europeu apoiou uma resolução que descreve as eleições como a última etapa do “agravamento da crise democrática” na Geórgia e afirma que o partido no poder é “totalmente responsável”.
Na madrugada desta sexta-feira, manifestantes protestaram em frente aos escritórios do partido vencedor em Tbilisi e Kutaisi para protestar contra a decisão.
A polícia começou a dispersar a manifestação às 2h da manhã, utilizando bastões, gás lacrimogéneo e canhões de água, depois de os manifestantes terem barricado algumas ruas de Tbilisi, conta a BBC.
Foram detidos pelo menos 43 manifestantes pró-europeus foram presos e 32 polícias ficaram feridos. Segundo o Ministério do Interior da Geórgia, citado pela Lusa, as pessoas “foram detidas pelas forças de segurança por desobediência às ordens legítimas da polícia e por atos de vandalismo”.
Se eles não conseguirem acabar com a invasão silenciosa da Russia…. Estão lixados.
O que se passa na Georgia, é uma tentativa da repetição do Maidan na Ucrânia. Mal uma gurra termine, já estão aflitos para começar a próxima.