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Navio espião russo passou por Portugal e por outros países NATO. O que andará a fazer?

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Marinha Portuguesa

Navio russo Yantar em águas da Zona Económica Exclusiva de Portugal.

Navio russo Yantar em águas da Zona Económica Exclusiva de Portugal.

A Marinha Portuguesa vigiou a presença em águas nacionais do navio russo espião Yantar que também passou por águas de outros países da NATO. Teme-se que ande “de olho” nos cabos submarinos de telecomunicações.

O Yantar foi acompanhadou em águas portuguesas pelo navio-patrulha oceânico “Sines” até ao passado domingo, 24 de Novembro, quando deixou a Zona Económica Exclusiva Nacional (ZEE), como informa a Marinha Portuguesa.

A Marinha Portuguesa realizou “uma extensa operação de monitorização e acompanhamento, iniciada nos primeiros dias de Novembro”, com o intuito de garantir “a defesa e segurança dos espaços marítimos sob soberania, jurisdição ou responsabilidade nacional”, para “protecção dos interesses de Portugal e das suas infraestruturas críticas“, destaca a informação da mesma entidade.

Estas operações de vigilância enquadram-se ainda nos “compromissos internacionais” de Portugal assumidos no âmbito da NATO, como informa a Marinha.

O navio russo foi classificado como “espião” pelos serviços secretos dos EUA e “é conhecido por pertencer ao programa russo de pesquisa das infraestruturas críticas submarinas, como oleodutos ou cabos submarinos de telecomunicações”, explica também a Marinha.

Para esse efeito, o Yantar tem dois mini-submarinos que podem ser usados na detecção e sabotagem de infraestruturas críticas submarinas “a grandes profundidades”, acrescenta a Marinha.

Marinha Portuguesa

Navio russo Yantar em águas da Zona Económica Exclusiva de Portugal.

Navio russo Yantar em águas da Zona Económica Exclusiva de Portugal.

Navio espião russo andou pelas costas de países da NATO

Além da costa portuguesa, o Yantar também navegou por águas de outros países da NATO nos últimos dias.

A guarda costeira norueguesa “apanhou-o” a divagar pela costa do país nórdico durante vários dias no início do mês.

Depois de ter deixado o mar da Noruega, foi avistado a passar pelo Canal da Mancha que separa o Reino Unido da Europa continental.

Seguiu para o mar da Irlanda, onde há vários oleodutos e cabos submarinos. Foi avistado, nomeadamente, a oeste da cidade de Cork, na costa sul da Irlanda, onde existe um conjunto de cabos que conectam este país à França, alguns dos quais com interligações transatlânticas.

O jornal britânico The Guardian refere que o navio russo “foi visto a operar drones numa área contendo energia submarina e infraestruturas de Internet”.

EUA enviaram porta-aviões para o Mediterrâneo

Na semana passada, a Força Aérea britânica monitorizou a presença de uma aeronave de reconhecimento russa que sobrevoou próximo do espaço aéreo do Reino Unido, revelou o Ministério da Defesa do país, conforme salienta o The Guardian.

Estes avistamentos do navio e de aeronaves russos preocupam ainda mais depois de dois cabos submarinos terem sido misteriosamente cortados no mar Báltico.

Mas os especialistas acreditam que a missão do Yantar seja mais de “sinalização estratégica e recolha de informações” do que de sabotagem, como cita o The Guardian.

Contudo, há preocupações com a segurança dos cabos submarinos de Internet que circulam entre a Irlanda e o Reino Unido, e que transportam tráfego global de Internet.

Note-se que grandes tecnológicas como a Google e a Microsoft têm sede na Irlanda.

A revista informativa Newsweek destaca que os EUA já enviaram um porta-aviões para o Mar Mediterrâneo na sequência destes avistamentos.

Navio chinês suspeito no mistério dos cabos submarinos cortados no Báltico

Entretanto, autoridades suecas e finlandesas continuam a investigar o misterioso corte de cabos submarinos no mar Báltico.

Nas últimas horas, surgiram suspeitas relacionadas com o navio de carga chinês “Yi-Peng-3” que esteve ancorado em águas territoriais no Estreito de Kattegat, entre a Suécia e a Dinamarca.

Os cabos foram cortados nos dias 17 e 18 de Novembro em águas suecas. O cargueiro chinês navegou pela zona dos cabos no mar Báltico nessa altura, de acordo com sites de rastreio de navios.

Para já, não há indícios de que o navio chinês tenha participado num eventual acto de sabotagem dos cabos. E também se suspeita que possa ter sido “obra” da Rússia.

Em 2022, quando ocorreram explosões no gasoduto Nord Stream, culpou-se de imediato a Rússia. Porém, as investigações vieram a confirmar que a culpa foi, afinal, da Ucrânia.

Susana Valente, ZAP //

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1 Comment

  1. Ainda não descobriram que o prutin a muito que está em guerra com a Europa… Basta ver as fabricas arder em território europeu, aviões a cair, cabos a ser cortados, mapear onde está infraestruturas vitais, ataques informáticos, comentadores comprados a comentar todos os dias na TV …

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