Navio espião russo escoltado para fora de águas onde estão cabos de internet importantes

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Andrey Luzik / Wikimedia

Navio espião russo Yantar

O navio estaria a recolher informações sobre os cabos submarinos de energia e de internet nas águas irlandesas.

Um navio-espião russo, o Yantar, foi escoltado para fora do Mar da Irlanda na madrugada de sexta-feira, após entrar na zona económica exclusiva (ZEE) da Irlanda e patrulhar áreas que contêm infraestruturas submarinas críticas, como cabos de energia e internet. A presença do navio nas proximidades destes cabos gerou preocupações quanto à segurança das interligações essenciais para a Europa.

O Yantar foi avistado pela primeira vez na quinta-feira, a leste de Dublin e a sudoeste da Ilha de Man. Anteriormente, acompanhava o navio de guerra russo Admiral Golovko pelo Canal da Mancha, sob monitorização das forças navais da Noruega, Estados Unidos, França e Reino Unido. A embarcação foi escoltada pelo navio da Marinha Irlandesa LÉ James Joyce para fora das águas controladas pela Irlanda, enquanto a Força Aérea continuou a acompanhar os seus movimentos em direção ao sul.

As preocupações aumentaram devido à vulnerabilidade dos cabos submarinos que ligam a Irlanda ao Reino Unido, responsáveis por grande parte do tráfego global de internet, utilizado por gigantes da tecnologia como Google e Microsoft. A proximidade do Yantar a estes cabos, incluindo os que conectam a Irlanda à França e aos EUA, intensificou os receios de vigilância ou possíveis atos de sabotagem.

Edward Burke, professor assistente de história da guerra na University College Dublin, classificou o incidente como “alarmante” e destacou a necessidade de a Irlanda reforçar as suas capacidades navais e parcerias de segurança marítima com a Europa. Relatos indicam que o Yantar operou drones sobre águas irlandesas, provavelmente para fins de reconhecimento.

Embora oficialmente classificado como um navio de pesquisa oceanográfica com capacidades de resgate submarino, o Yantar está ligado ao Ministério da Defesa russo e possui submersíveis de grande profundidade. Analistas de inteligência sugerem que a sua missão esteja mais ligada à recolha de informações e sinalização estratégica do que à sabotagem direta, escreve o The Guardian.

Os movimentos do Yantar foram monitorizados enquanto viajava com o Golovko e um navio-tanque, o Vyazma, pelo Canal da Mancha. Forças britânicas, francesas e irlandesas coordenaram a vigilância, com o HMS Cattistock a seguir o Yantar após este se separar do grupo e entrar no Mar da Irlanda. Notavelmente, o navio desativou os seus transponders ao entrar nas águas irlandesas, dificultando os esforços de rastreamento.

Por volta das 3h de sexta-feira, o Yantar abandonou as águas controladas pela Irlanda, aparentemente sem responder às tentativas de contacto das autoridades irlandesas.

ZAP //

12 Comments

  1. A Europa tem de ser por em sentido com esses tarados dos Russos.
    Eles querem incendiar o Mundo, e estão a se “cagar” para a Ordem Internacional.
    É abater todo e qualquer objecto Russo que entre em Zonas sensiveis, como os cabos Submarinos.
    Já imaginaram o que seria, o Mundo sem Internet e sem Comunicacoes?
    Atenção, a coisa é demasiado grave e é por aí que vao atacar a Europa.
    O Putin já “brincou” demasiado com o Ocidente, é a hora de dizer BASTA.

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  2. Isto é brincar com o fogo !………….está mais que visto que Putin não respeita nada nem minguem . Ele sabe que o seu Fim está próximo , mas antes de ir desta para melhor , quer por o Mundo a ferro e fogo . Os perigos eliminan-se , pura e simplesmente , e isso virá do próprio Povo Russo , talvez com uma operação “Walkíria , Russa” bem sucedida !

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  3. Putin quer deixar a sua marca na História se não for por reunificar a antiga união soviética que seja por provocar a terceira guerra mundial
    Qualquer coisa serve para justificar ao povo russo pra onde foram os milhões da exploração de petróleo e gás

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  4. A sabotagem de recursos económicos submarinos só é autorizada à NATO, como aconteceu com o Nord Stream, no Báltico. Quem é que os russos acham que são?!…

      • Se o “traidor” sou eu, informo que servi no exército português de 1965 a 1968, que me ofereci como voluntário para Angola, apesar de, tendo sido o 3º classificado no meu curso do COM, poderia esperar não ser mobilizado. E o Paulo onde estava nessa altura?

        • @Nuno Cardoso da Silva

          O que é que servir no exercito Português tem a ver com o que quer que seja??? E qual foi a estação de TV Russa que lhe explicou (como se tivesse 5 anos), que foi a NATO a destruir o que quer que seja?

      • Nao seja assim Paulo! o Sr. pseudo escritor em questao, bem como todos os outros idi amines uteis, tem que fazer pelo dinheiro que lhes pagam. Se podia estar caladinho, podia, mas depois cortavam-lhe a subvencao…
        Actualmente já nao usam enforcamento, agora rociam com plutonio…

  5. Deixem-se de discussões parvas.

    Entre António Salazar e António Costa quem é que roubou – ou deixou roubar – mais?

    Já não se lembram dos 75 000 …

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