Ucrânia: 1,4 milhões por cada míssil – e nem são os mais caros

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U.S. Army / Wikimedia

Míssil M57A1 ATACMS

Os MGM-140 ATACMS podem ser muito importantes para a Ucrânia, mas até são muito mais baratos do que os Storm Shadow.

É a maior novidade dos últimos tempos na guerra na Ucrânia: Joe Biden deu autorização aos ucranianos para atacarem solo russo com mísseis de longo alcance fornecido pelos EUA.

A ordem da Casa Branca que Volodymyr Zelenskyy esperava há muito tempo está relacionada com os mísseis MGM-140 ATACMS.

Esta arma aérea consegue atingir alvos que estão, no máximo, a 300 quilómetros de distância. A ideia de atacar infraestruturas críticas ou localizações estratégicas dentro da Rússia.

A Ucrânia estava mais limitada nesse aspecto, até agora, sobretudo desde que ficou sem os mísseis Storm Shadow e sem as suas plataformas de lançamento, as SU-24.

O Kyiv Independent, citado no Business Insider, indica que cada míssil MGM-140 ATACMS custa cerca de 1,4 milhões de euros. Cada um.

É um número elevado mas especialistas militares estão convencidos de que vale a pena gastar esse dinheiro, devido ao seu impacto – a dois níveis.

Como custam tanto dinheiro, não podem ser usados muitos. Mas, se forem bem utilizados e eficazes, o dinheiro será bem gasto – sobretudo quando a Ucrânia está numa corrida contra o tempo para recuperar territórios antes da chegada do Inverno.

A relação custo-benefício pode ainda ser mais vantajosa para a Ucrânia se for atacada a logística da Rússia ou o fornecimento de armas.

E, apesar do valor elevado, custam menos de metade dos 3,2 milhões de euros que custa cada míssil Storm Shadow.

Esta possível mudança das regras do jogo da guerra também tem uma componente diplomática importante: a Ucrânia mostra que consegue resistir e contra-atacar; os aliados reforçam o compromisso com Kiev.

Perigo deste reforço: a escalada e o alargamento do conflito.

ZAP //

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