Inês Sousa Real usou uma t-shirt anti-tourada numa sessão da assembleia da República. A situação levantou uma discussão sobre regras de vestuário para políticos e cidadãos que assistem aos debates.
Na mesma sessão parlamentar em que, há algumas semanas, Inês Sousa Real, do PAN, usou uma t-shirt com uma mensagem anti-tourada, os deputados do Chega levaram para a AR barretes de forcado.
No mês passado, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, pediu que bombeiros que se encontravam fardados a assistir a um debate parlamentar saíssem imediatamente das galerias, lembra o Público. Mais tarde, o presidente da AR readmitiu os bombeiros.
Este episódio gerou controvérsia na AR: devem, afinal, os deputados e cidadãos que assistem aos debater ter uma indumentária regulamentada?
Em declarações ao Público, Sousa Real disse que “não faz sentido limitar objetos ou vestuário dos deputados. A AR não é polícia da moda. É uma questão de bom senso, respeito, e liberdade de expressão”.
Mas nem todos parecem concordar. O vice-presidente da Assembleia, Marcos Perestrello, aproveitou o pretexto do episódio dos bombeiros para falar sobre a indumentária dos deputados. Disse ao mesmo jornal que “no Parlamento, as posições políticas tomam-se pelo uso da palavra. Quando se abre caminho ao uso de roupas, faixas, cartazes e outros objetos, depois é difícil parar”.
Não é a indumentária em si que está em causa, diz o deputado do PS, mas sim o seu “uso como referência e manifestação política”, diz, recordados um episódio dos anos 90, quando se discutiu um mapa de regionalização e os deputados alentejanos levaram uma corda ao pescoço, simulando uma forca.
Mas poucos são os deputados que aceitam ver a sua indumentária regulamentada. O Livre, discordando totalmente do deputado de Perestello, diz que as “mensagens políticas” são bem-vindas na vestimenta de cada um.
Mas há quem queira liberdade, com regras: o deputado do PSD Hugo Soares acredita que deve “haver regras para evitar determinados comportamentos, como cartazes contra um Chefe de Estado [como o Chega fez contra Lula], objetos em cima da bancada ou t-shirts com determinados dizeres”.
Olha que gira a PANdorra, só lhe interressa chamar as atenções . Mais uma Narcizista.