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“Macaco” expulso do FC Porto

A esposa, Sandra Madureira, e outros dois arguidos também foram expulsos de associados, na sequência das agressões na Assembleia Geral. Têm 30 dias para recorrer da decisão do FC Porto.

Fernando Madureira, Sandra Madureira, Vítor Catão e Vítor Oliveira, todos arguidos na Operação Pretoriano, foram expulsos de associado do FC Porto pelo Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do clube.

Segundo disse esta segunda-feira à agência Lusa fonte ligada ao processo, a decisão foi proferida mais de três meses depois de a direção azul e branca, liderada por André Villas-Boas, ter participado formalmente dos sócios acusados naquele processo judicial, com vista à instauração de processos disciplinares por parte do órgão presidido por Angelino Ferreira, na sequência dos incidentes e agressões verificados durante Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube, em 13 de novembro de 2023.

Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, é o único arguido em prisão preventiva na designada Operação Pretoriano, cuja acusação do Ministério Público (MP) denuncia uma eventual tentativa daquela claque afeta ao FC Porto em “criar um clima de intimidação e medo” numa reunião magna azul e branca para que fosse aprovada uma revisão estatutária “do interesse da direção” do clube, então liderado por Pinto da Costa.

Além de Fernando Madureira, foi expulsa do FC Porto Sandra Madureira, sua esposa e antiga vice-presidente dos Super Dragões. A portista já reagiu: “Ninguém me tira o que vive intensamente no meu coração“, escreveu no seu Instagram.

Vítor Catão, adepto do clube e antigo presidente do São Pedro da Cova, que está em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, e Vítor Oliveira. também acabaram expulsos.

Carlos Nunes, outro dos arguidos da Operação Pretoriano, foi suspenso por 12 meses, recebendo o dobro da pena aplicada a Fernando Saul, ex-oficial de ligação aos adeptos do FC Porto e também envolvido na acusação, José Dias, Paulo Moura, Manuel Barros e Sérgio Ferreira.

De acordo com os estatutos do clube, os sócios visados dispõem agora de 30 dias para recorrerem do parecer do CFD em sede de AG, que poderá ter efeito devolutivo, se for agendada com caráter ordinário, ou suspensivo, caso aconteça de forma extraordinária.

A fase de instrução da Operação Pretoriano começou em 28 de outubro, no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, que terá de decidir se o processo segue e em que moldes para julgamento até 7 de dezembro, quando se completarem 10 meses desde a aplicação do regime de prisão preventiva a Fernando Madureira.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e três de atentado à liberdade de informação.

Hugo Carneiro, igualmente com ligações aos Super Dragões, também está acusado de detenção de arma proibida, sendo que o MP requer penas acessórias de interdição de acesso a recintos desportivos para os arguidos entre um e cinco anos.

O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional azul e branco constituíram-se assistentes da Operação Pretoriano, que foi desencadeada em 31 de janeiro, no âmbito da investigação aos desacatos observados na AG extraordinária do clube, tendo resultado na detenção de 12 pessoas.

ZAP // Lusa

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