Politólogo morreu aos 63 anos. Funeral realizou-se nesta segunda-feira, líder parlamentar do PS emocionou-se no velório.
O funeral de André Freire realizou-se nesta segunda-feira, em Lisboa. O corpo saiu da capela mortuária da igreja de Santa Joana Princesa para o Alto de São João.
O velório decorreu na véspera, como habitualmente. Diversas personalidades ligadas à política passaram pelo local. Alexandra Leitão foi uma presença notada.
A líder parlamentar do PS foi a título pessoal porque conhecia André Freire desde os tempos da faculdade.
“Trabalhámos juntos em alguns projectos e vou dizer aquilo que escrevi lá dentro (na capela do velório): era um homem de valores e princípios. De valores humanos, de solidariedade, igualdade… Valores que fazem muita falta nos tempos que vão correndo. E, por isso, ele vai fazer muita falta”, acrescentou a deputada, enquanto tentava evitar as lágrimas em conversa com a RTP.
Alexandra Leitão é precisamente o primeiro nome que aparece no grupo de 26 deputados que já apresentou um projecto de voto de pesar pelo falecimento de André Freire.
Pedro Nuno Santos, Mariana Mortágua, Rui Tavares, Mariana Vieira da Silva, Marisa Matias e António Filipe são outros dos deputados que assinaram este projecto.
O documento destaca o “pioneiro na criação de estudos eleitorais”, a sua “presença frequente em fóruns científicos e políticos nacionais e internacionais”, e realça que André era um “perito e consultor nas áreas de ensino superior e investigação na Ciência Política”, tendo sido autor de mais de 30 livros e 100 artigos académicos.
André Freire era professor e director de Ciência Política no Iscte – Instituto Universitário de Lisboa. O Iscte vai organizar um “encontro de amigos” na próxima quarta-feira, para homenagear o seu “homem da casa”.
O sociólogo, politólogo e professor catedrático morreu na semana passada, depois de uma intervenção cirúrgica a um ombro, devido a uma infecção numa prótese. No pós-operatório sofreu uma paragem cardio-respiratória. Tinha 63 anos.