/

“Queres ser livre?”: versos controversos de Clapton (outra vez) no seu novo álbum

Majvdl / Wikimedia

Eric Clapton

“Queres ser um homem livre, ou queres ser um escravo? Esta é uma nação soberana, ou apenas um Estado policial?”. Eis Meanwhile.

Meanwhile é o 22.º álbum de estúdio de Eric Clapton. É muito recente, começou a ser comercializado já neste mês, no dia 4 de Outubro.

O trabalho discográfico – o primeiro desde 2018 – tem 14 canções, mas apenas 6 delas são novas. As outras 8 são singles dos últimos anos, mais concretamente de 2020 até aqui.

Ao falar sobre o álbum, Clapton não escondeu que o mesmo mistura “todo o tipo de comentários ligeiramente políticos com canções que são apenas canções”.

Essa parte dos comentários políticos promete recuperar uma controvérsia, destaca a revista Forbes.

Clapton é conhecido por ser um guitarrista muito conceituado, talvez um dos melhores dos que conhecemos – mas também passou a ser conhecido pelos seus comentários políticos pouco populares, sobretudo nos últimos anos.

Além do homem no café na capa (que é o próprio Clapton), destacam-se as faixas 11 e 12 destacam-se neste álbum Meanwhile. Ambas já tinham sido publicadas – e logo na altura houve “chuva” de críticas – mas agora são integradas num álbum.

A faixa 11 é This Has Gotta Stop. Nesta colaboração com Van Morrison, ouvimos Eric Clapton cantar:

Isto tem de parar, basta
Não aguento mais esta treta
Já foi longe o suficiente, queres reivindicar a minha alma
Terás de vir arrombar esta porta

Na faixa 12, Stand and Deliver, também uma colaboração com Van Morrison, escutamos:

Queres ser um homem livre
Ou queres ser um escravo
Esta é uma nação soberana
Ou apenas um Estado policial?
É melhor cuidares das pessoas
Antes que seja tarde demais

Sim, é uma referência aos primeiros meses da COVID-19. Medidas de confinamento, vacinação.

Eric Clapton foi mostrando publicamente, diversas vezes, que era um crítico acérrimo das medidas anti-COVID.

Até publicou canções especificamente contra a vacinação porque, segundo o músico, quando foi vacinado pela primeira vez, teve imediatamente efeitos secundários graves, e que duraram 10 dias. Já a reacção à segunda dose foi “um desastre”: mãos e pés congelados, dormentes ou a arder, descreveu Clapton, na altura.

Por causa da vacina contra a COVID, Eric Clapton chegou a pensar que nunca mais iria tocar guitarra.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.