Fugitivo da prisão de Vale de Judeus, apanhado em Marrocos, tinha a Argélia como destino, país sem acordo de extradição com Portugal. Nova identidade e casamento com uma argelina estavam no horizonte.
Já se conhece parte do plano de fuga de Fábio Loureiro, mais conhecido como Fábio “Cigano”, um dos cinco prisioneiros que escaparam da prisão de Vale de Judeus a 7 de setembro.
Se inicialmente se dirigiu a Espanha, mais especificamente Sevilha, o criminoso, que foi capturado na cidade marroquina de Tânger na noite de domingo, tinha como destino final a Argélia — um país que não possui acordo de extradição com Portugal.
Para concretizar a fuga na perfeição, Fábio planeava mudar a sua identidade e casar-se com uma mulher argelina, obtendo assim a nacionalidade argelina, avança o Correio da Manhã.
No entanto, exatamente um mês depois de fugir com outros quatro prisioneiros, o português foi apanhado pela Polícia Judiciária (PJ), que monitorizou as suas comunicações online e a sua companheira, que levou as autoridades até ele.
Rita Loureiro foi seguida pela polícia desde a sua zona de origem, em Sintra, até ao Sul de Espanha e, finalmente, para Marrocos, onde se deu o reencontro do casal.
Fábio foi finalmente detido em Tânger, Marrocos, numa carrinha onde viajava com um amigo português. Está a ser interrogado pelas autoridades locais enquanto aguarda extradição.
Condenado pelos crimes de rapto, tráfico de estupefacientes, associação criminosa, roubo à mão armada e evasão, a sua detenção foi esta terça-feira validada por um juiz marroquino. O advogado de Fábio, Lopes Guerreiro, já indicou que se oporá ao processo de extradição, o que pode atrasar o regresso de Fábio a Portugal, mas não pode impedi-lo.
Por enquanto, Fábio será transferido para Rabat, onde aguardará o desenvolvimento do processo judicial. Além dos 25 anos a que já tinha sido condenado, Fábio Loureiro poderá enfrentar mais dois anos de prisão pela evasão.
Caso a extradição se confirme, Fábio Loureiro deverá ser transferido para a prisão de alta segurança de Monsanto, onde já esteve anteriormente e tentou escapar, sem sucesso.
A PJ continua a procurar os restantes quatro foragidos, que escaparam do estabelecimento prisional de Vale de Judeus a 7 de setembro com recurso a cordas, escadas e com a ajuda de cúmplices exteriores.
Fuga em Vale de Judeus
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9 Outubro, 2024 Identidade falsa e casamento de fachada: o plano de Fábio “Cigano” para fugir à extradição
Adoro ver como a forma de captura foi dada a conhecer. Os outros fugitivos, as suas namoradas, mulheres, familia, amigos… ja sabem algo que nao devem fazer.
E se evasao da prisao so vale acumular mais dois anos de prisao… vale a pena tentar…
Dois anos a mais de cadeia por 1 mês de liberdade não me parece ter sido um bom negócio. Quanto aos outros, cedo ou tarde aparecerão , talvez em lugares onde não podem ser extraditados , mas um criminoso será sempre um criminoso e mesmo nesses paises correm o risco de apanhar algo pior que em Portugal.. Duvdo que vão para refugio de ricos como Isabel dos Santos foi para o Dubai e de onde ninguém a tira. Uma vida de fuga e de medo em troca de 3 ou 4 anos de cadeia parece não ser muito azuizado, já os que tinham mais do que isso arriscaram e devido à corrupção e incopetência em Portugal safaram-se
A fuga deveria anular o tempo de prisão já cumprido, ou seja reiniciava a contagem, 25 anos a contar do momento de captura sem direito a qualquer tipo de redução.
Acho que os 2 anos adicionais devem ser cumpridos na mesma cela que o José Castelo Branco.