24/09: o dia em que o Orçamento ficou mais perto

Manuel de Almeida / LUSA

Declarações de Pedro Nuno Santos, de André Ventura, e do ministro Pedro Duarte. O discurso público ganhou uma nuance importante.

A aprovação do Orçamento do Estado para 2025 está a marcar as notícias, praticamente todos os dias – e estará a marcar o pensamento de Marcelo Rebelo de Sousa.

Há dois dias, Luís Montenegro esteve com André Ventura e Rui Rocha. Terá tentado alinhar posições com Chega e Iniciativa Liberal sobre o documento.

Na próxima sexta-feira vai decorrer a reunião mais importante, provavelmente: encontro entre o primeiro-ministro e Pedro Nuno Santos.

Nesta terça-feira, Pedro Nuno anunciou que o PS vai apresentar as suas propostas ao Governo nessa reunião. E espera que sejam aceites, “não só porque isso vai melhorar as respostas aos portugueses, mas porque pode garantir a viabilização do Orçamento de Estado”.

O secretário-geral dos socialistas disse que “só não haverá Orçamento se o Governo não quiser, se o Governo não perceber que, não tendo maioria absoluta, tem de ceder ao Partido Socialista”.

Mas avisou que o PS “não é o parceiro preferencial” para viabilizar o Orçamento do Estado: “O Governo está, no seu direito, a procurar outras vias”.

André Ventura avisou, igualmente nesta terça-feira, que o PS “já não está tão aí” para aprovar o Orçamento. Mas assegurou que o Chega “vai lutar até ao fim para evitar uma crise política”.

Ainda sobre o Chega, salientam-se as palavras de Pedro Duarte. O ministro dos Assuntos Parlamentares contrariou as palavras de Ventura, que disse que o Chega está fora das negociações.

“Do ponto de vista mais institucional e formal, o Chega nunca se colocou de fora. As declarações públicas… Se calhar prestei atenção a algumas, não prestei a outras. Mas do ponto de vista mais institucional, o Chega nunca se colocou de fora. Esteve numa reunião que até foi pública, em que eu também estive; estiveram à minha frente e conversámos sobre o Orçamento do Estado”, assegurou o ministro.

Todos dizem não querer uma crise política, como resume a RTP.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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