Reuniões sobre o Orçamento do Estado não estavam na agenda. Não foram secretas, foram discretas, segundo o primeiro-ministro.
Luís Montenegro esteve nesta segunda-feira com André Ventura e Rui Rocha, respetivamente líderes de Chega e Iniciativa Liberal.
As reuniões sobre o Orçamento do Estado não estavam na agenda pública do primeiro-ministro.
O Chega não se pronunciou sobre esse encontro, mas Iniciativa Liberal confirmou o encontro entre Rui Rocha e Montenegro.
O encontro realizou-se no “âmbito da situação política e das negociações do Orçamento do Estado”.
O Livre indicou que não teve qualquer reunião com o primeiro-ministro em São Bento. Já o PAN referiu que não recebeu qualquer convite para uma reunião.
Pedro Nuno Santos, líder do PS, não sabia destas reuniões a que chamou secretas: “Nós soubemos isto, porque se soube. Não houve nenhum anúncio. Tal como o Governo queria fazer uma reunião secreta connosco na semana passada, fez duas reuniões secretas hoje de manhã”.
Pedro Nuno acha que o Governo pode falar com quem quiser, mas defendeu que “não pode continuar a fazer de conta que [o PS] é um parceiro preferencial. Ele não existe“.
Pedro Nuno Santos repetiu que “toda a ação do Governo parece indiciar a vontade de provocar umas eleições antecipadas”.
Referiu que “não podem estar todos a olhar para o PS”, como se fosse aquele partido “a desejar umas eleições, quando todos os atos deste Governo vão nesse sentido”.
Luís Montenegro diz que as reuniões foram discretas, não secretas: “Na residência oficial do primeiro-ministro não há reuniões secretas. O primeiro-ministro recebe entidades e personalidades de várias áreas, e também recebe líderes políticos, sobre temas de interesse nacional, que ocorrem muitas vezes com discrição e sem a presença da comunicação social”.
Mariana Mortágua defendeu que uma proposta orçamental negociada à vez entre a extrema-direita e PS “é uma aberração” e rejeitou uma política feita “sob chantagem, seja do Presidente da República, outra força ou instituição”.
Na RTP, Manuel Carvalho reforçou que “é muito difícil entender o que está a acontecer” entre Governo e oposição sobre o Orçamento, neste “jogo do empurra”. E pergunta: “Quem ganha com isto?”.
“Tudo isto parece um teatro. Até mais do que teatro: parece um jogo infantil, em que uns dizem aos outros ‘Agarrem-me, senão voto contra'”, continuou o comentador, que no entanto acredita – tal como Marcelo Rebelo de Sousa – que o Orçamento do Estado vai ser aprovado no Parlamento.
ZAP // Lusa
O Ventura e o Verruga, bela parelha para rebentar com o pouco que resta disto.
@ze Isto já foi rebentado 3 vezes pelo PS e algum povo continua a votar neles. logo as profecias não são o melhor atributo dos tugas.
Oh Zé, quem tem destruído o país é a esquerda da geringonça e do PS da troika!