Bruno e Cristiano arrumam autocarro escocês

1

José Sena Goulão / Lusa

Custou, mas foi. Portugal não jogou especialmente bem, longe disso, mas foi sempre muito superior à Escócia e conseguiu vencer por 2-1, com o golo decisivo a ser apontado perto do fim por Cristiano Ronaldo, que havia começado o jogo no banco.

Os britânicos marcaram primeiro, e bem cedo, mas depois a turma lusa pegou no jogo, criou muitos lances de golo, empatou por Bruno Fernandes, viu CR7 enviar duas bolas aos ferros, antes de o capitão decidir.

Porém, a grande figura foi o médio do Manchester United.

O golo de McTominay de cabeça, aos sete minutos, foi o único momento de relevo da Escócia na primeira parte, no único remate realizado pelos britânicos.

Depois disso só deu Portugal, um autêntico massacre atacante que acumulou 16 remates, mas somente três enquadrados. Nem o jogo muito mexido de Rafael Leão e a exuberância de Bruno Fernandes desatavam o nó. Ou o último passe não saía bem, ou o remate não tinha qualidade ou o “bus” escocês ia resolvendo.

Portugal entrou muito bem no segundo tempo e empatou num remate de fora da área de Bruno Fernandes (54′), mas quando se esperava que o segundo golo surgisse rapidamente, a formação lusa perdeu o controlo do jogo e deixou a Escócia realizar diversos ataques perigosos, mostrando-se desorganizada e nervosa.

Só que nos últimos minutos, a turma das “quinas” voltou a pressionar, a criar perigo e Ronaldo acertou duas vezes no poste no mesmo lance, aos 82 minutos.

Tantas vezes o cântaro foi à fonte que o 2-1 aconteceu mesmo, aos 88 minutos, com Cristiano, oportuno, a encostar para o fundo das malhas. Justo.

O Jogo em 5 Factos

1. xG dizem quase tudo

Portugal ficou a dever a si próprio mais um golo, pelo menos é o que os Golos Esperados (xG) dizem. A avalancha ofensiva foi grande e os lusos criaram 3,3 xG, tendo marcado apenas uma vez.

2. Aposta clara nos cruzamentos

A Escócia marcou e estacionou o autocarro. Portugal tentou, não teve muitos espaços e apostou nos cruzamentos, chegando aos 36 de bola corrida, segundo valor mais alto até agora nesta Liga das Nações. Este foi o jogo até ao momento com mais destes lances (44).

3. Muitos remates de cabeça

Sem surpresa, Portugal já é dono do número mais alto de remates de cabeça nesta competição, com seis. Nenhum deles, contudo, deu em golo.

4. Várias ocasiões flagrantes criadas

Portugal acumulou cinco ocasiões flagrantes criadas (duas por Bruno Fernandes). Não é o máximo da competição até ao momento (são 9), mas é o quarto valor mais elevado.

5. Pressão portuguesa foi intensa

No final do encontro Portugal registava 21 acções defensivas no meio-campo contrário, demonstrativo da pressão exercida sobre os escoceses, que não passaram de oito destas acções.

Melhor em Campo

Talvez esta nota surpreenda, mas é verdade. Bruno Fernandes arrancou um GoalPoint Rating de 10.0.

O seu jogo foi de uma qualidade e eficácia mais discretas do que o habitual, mas os números não deixam margem para dúvidas: um golo em três remates, dois enquadrados, duas ocasiões flagrantes criadas em seis passes para finalização.

Fez ainda um passe de ruptura, dez cruzamentos, dez passes progressivos, seis super progressivos (máximo da competição), oito recuperações de posse, cinco acções defensivas no meio-campo contrário e quatro desarmes, tudo (!) máximos do encontro. E ainda acumulou 98 acções com bola (segundo valor mais alto).

Uma noite para recordar, com aniversário e jogo 600 no topo do “bolo”.

Resumo

https://goalpoint.pt/portugal-escocia-unl-202425_198165 // GoalPoint

Siga o ZAP no Whatsapp

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.